segunda-feira, 5 de abril de 2021

Taipu e os Desembargadores

   

Desembargadores José Gomes da Costa, João Maria Furtado, Cristóvam Praxedes e Osvaldo Soares da Cruz - Imagens: foto reprodução.

Desembargador APRÍGIO AUGUSTO FERREIRA CHAVES, filho do Bacharel Joaquim Ferreira Chaves e Maria Clara Ferreira Chaves; nasceu no ano de 1860, faleceu em Taipu, onde residia, aos 19/07/1906 e foi sepultado no Cemitério da Vila de Taipu; foi casado com Julita de Almeida Chaves; era irmão de Joaquim Ferreira Chaves Filho, que foi o 14º e 20º governador do Rio Grande do Norte.

Desembargador JOSÉ GOMES DA COSTA, filho do Coronel João Gomes da Costa e Bernardina Rodrigues Santiago; nasceu no lugar Pitombeira, Taipu, aos 17/03/1902 e faleceu aos 24/01/1982; casou-se com Maria Lígia de Miranda Gomes; deu nome ao antigo Fórum Municipal de Taipu.

Desembargador JOÃO MARIA ZÓZIMO FURTADO, filho de João Baptista Furtado e Dorothéa Júlia de Oliveira Furtado; nasceu no lugar Baixa Verde, pertencente à Taipu, à época, aos 09/07/1903; casou-se com Jacyra Brandão Furtado; foram pais, dentre outros filhos, de Roberto Brandão Furtado, ex Deputado Estadual e ex Presidente da OAB/RN.

Desembargador CRISTÓVAM PRAXEDES (2º com esse nome), filho de Otávio Praxedes do Amaral Lisboa (ex Prefeito de Taipu) e Maria das Dores Soares; nasceu em Taipu aos 31/01/1940; casou-se com Adélia Isabel da Cunha.

Desembargador OSVALDO SOARES DA CRUZ, filho de Sinésio Ferreira da Cruz (ex Prefeito de Taipu) e  Maria Soares da Cruz; nasceu em Taipu aos 14/03/1946.

sexta-feira, 2 de abril de 2021

quarta-feira, 31 de março de 2021

O Cruzeiro de Taipu de Fora (Boa Vista)


Imagens da relíquia encontrada no antigo Cemitério da Boa Vista, que resistiu às intempéries desses anos todos (imaginamos que a peça tenha mais de cem anos). A importância desse achado não se limita à beleza da peça, mas também, a referência a um Cruzeiro, cuja história já passa dos duzentos anos, e que traz fortes revelações da história da Vila de Taipu.

O Cruzeiro, ou a Cruz do Taipu de Fora, é citado por Câmara Cascudo, em seu livro, História da Cidade de Natal, a saber:

Do lugar Cruz do Taipu de Fora, ponto de confluência de duas estradas para a vila de São José pela Utinga e para a mesma Vila por Natal, seria uma pequena diferença de cinco léguas. E demonstra: “Da Cruz do Taipu de Fora ao engenho da Utinga são cinco léguas e desta à vila de São José, nove, total de treze léguas. Da mesma Cruz do Taipu de Fora à vila de Extremoz são cinco légua; de Extremoz a Natal, três léguas e de Natal a S. José, nove léguas, total de dezessete”. (Cascudo, História da Cidade de Natal, 1980, pág 319)

Para contextualizar a citação de Cascudo, vale uma explicação: Em 1812 o Governador da Capitania do Ceará criou um serviço de Correios, onde o caminheiro saía daquela província, passava na terra de Santa Luzia (Mossoró), Assú, São José do Mipibu, indo para a Paraíba e daí para Pernambuco; em 22/11/1817, o governador da Capitania do Rio Grande do Norte, coronel José Ignacio Borges, respondendo ao Governador de Pernambuco, general Luiz do Rego Barros, detalha a proposta para se criar uma segunda rota dos Correios, passando por Natal.

Importante algumas observações: em 1817 o serviço de correios ainda não passava por Natal, o que demonstra que a Cidade ainda era pequena; já existia um Cruzeiro em Taipu de Fora, o que sugere já haver certa densidade populacional na região; já havia em Taipu de Fora confluências de estradas, indícios de que o lugar era rota de viajantes.

Tínhamos, à época, três lugares com nomes de Taipu: Taipu Grande, região do Poço Branco velho; Taipu do Meio, atual sede do município; Taipu de Fora (ou Taipu de Baixo), onde havia o Cruzeiro.

Pelas evidências, parece que Taipu de Fora, onde se desenvolveu a Boa Vista, foi a primeira região do município a iniciar certo desenvolvimento urbano, visto que, conforme as citações, já havia um Cruzeiro no lugar, anterior ao ano de 1817, enquanto que no Taipu do Meio, o núcleo urbano se desenvolveu a partir de 1839, com passagem do Bispo Dom João da Purificação em visita ao lugar, e os posteriores movimentos em prol da construção da Capela à Nossa Senhora do Livramento, já Poço Branco velho, no Taipu Grande, teve desenvolvimento posterior à sede do município.

Prioridade agora são os cuidados com a preservação do Cruzeiro. Já estão sendo tomadas algumas providências, tratamento anti cupim, limpeza da peça e hidratação da madeira, por exemplos. Depois, leva-lo para um destino definitivo, aberto ao público.

Buscas por revelações a partir do Cruzeiro devem prosseguir: Qual o significado do alicate, do martelo e a revelação da Virgem de La Salette? Há relação da estrela, esculpida na peça, com o Judaísmo? Qual a idade do Cruzeiro? Essa peça é o Cruzeiro original? O Cemitério da Boa Vista foi o primeiro de Taipu?

Quem sabe encontraremos algumas respostas!

 

Nota:

Na citação de Cascudo, há um equívoco com relação à soma das distâncias - Da Cruz do Taipu de Fora ao engenho da Utinga são cinco léguas e desta à vila de São José, nove, total de treze léguas – Deveria totalizar quatorze, no entanto, por fidelidade à fonte, foi transcrita como lá está.

sábado, 27 de março de 2021

Des. Aprígio Augusto Ferreira Chaves - Primeiro Registro de Óbito do Cartorio de Taipu


 

No primeiro registro civil de óbito do Cartório da Vila de Taipu consta o falecimento do Desembargador Aprígio Augusto Ferreira Chaves, falecido aos 19/07/1906, e sepultado na dita Vila, conforme transcrição do registro do óbito:

Numero um – Aos vinte dias do mes de julho, de mil novecentos e seis nesta Villa de Taipù, em meu Cartorio veio Renato Chaves e declarou que o Desembargador Aprigio Augusto Ferreira Chaves, casado, com quarenta e seis anos de idade, filho legítimo do Bacharel Joaquim Ferreira Chaves e D. Clara Ferreira Chaves, havia fallecido hontem, as três horas da tarde, nesta Villa, de molestia denominada Deremattite Aguda de Forma elephanciaca e foi amortalhado de preto e tem ser sepultado no cemiterio desta Villa. O fallecido não deixou disposição testamentaria. E, para constar, faço este termo que assigna o declarante e as testemunhas Cidadãos José Vilella Cid e Manoel Cassiano da Costa. Eu, José Martins Fernandes Official interino do Registro Civil o escrevi.  (Cartório de Registro Civil de Taipu / RN, Livro de Registro de Óbitos Nº 1, pág 1, assento nº 1)

O Desembargador Aprígio Augusto, era filho do Bacharel Joaquim Cavalcante Ferreira Chaves e Maria Clara (ou Clara Maria) Ferreira Chaves, portanto, irmão do, também Desembargador, Joaquim Cavalcante Ferreira Chaves Filho, conhecido simplesmente por Joaquim Ferreira Chaves, que foi o 14º e 20º Governador do Rio Grande do Norte, além de Senador da República, pelo mesmo Estado, em várias legislaturas.

FAMÍLIA RAPOSO DA CÂMARA E AS DESCENDÊNCIAS TAIPUENSES: FERREIRA DE MIRANDA, GADELHA DA COSTA, JUVÊNCIO DA CÂMARA, RODRIGUES DA CÂMARA, RODRIGUES DA SILVEIRA E RODRIGUES MONTEIRO

  FAMÍLIA RAPOSO DA CÂMARA E AS DESCENDÊNCIAS TAIPUENSES: FERREIRA DE MIRANDA, GADELHA DA COSTA, JUVÊNCIO DA CÂMARA, RODRIGUES DA CÂMARA, ...