quarta-feira, 10 de julho de 2024

Da passagem de João da Maia Gama, a serviço do Rei, por Taipu.

 

DIÁRIO DA VIAGEM DE REGRESSO PARA O REINO, DE JOÃO DA MAIA GAMA, E DE INSPEÇÃO DAS BARROS DOS RIOS DO MARANHÃO E DAS CAPITANIAS DO NORTE, EM 1728.

 - A viagem começou em São Luiz do Maranhão, a 4 de setembro de 1728. A parte referente ao Rio Grande do Norte, já em 1729, começa o trecho a partir da região ao norte do atual município de Taipu. O que precede desapareceu.

 

As lagoinhas. Fomos dormir aonde chamam o Trapiá no meio do rio do Cearamirim, que estava seco, e nos aquartelamos nas suas areias.

É este rio todo areado, e está seco todo o verão só com alguns poços de água salobra e se marcha três dias por ele acima, ou atravessando o que se atravessa 47 vezes, e alguns, seguram que se passa mais de 56 vezes, e não tem outro caminho pelo que se faz intratável e impossível a marcha ou saída por fora dele estando cheio.

Pelo que apressamos a viagem e a 22 partimos e passamos o dito Cearamirim doze vezes que estava seco, e passamos o sítio chamado o Taipu, e o Caruru e fomos a fazenda chamada a pedra da Boa Água e assim como chegamos que seria meio-dia começou uma trovoada com uma chuva grossa e continuada que durou todo o resto do dia, e toda a noite de sorte que amanheceu o rio cheio.

Desde o dia 22 até 29 estivemos nesta fazenda sem podermos fazer viagem pelas continuadas chuvas e enchentes do rio que se de manhã começava a diminuir, de tarde tornava a crescer, até que desesperados de que ficaríamos ali desde março até julho ou agosto, me resolvi partir.

A 29 partimos por muitas lamas e atoleiros, passando muitos riachos e junqueiros, que são umas baixas cheias de água que em todas chegava até a sela dos cavalos, e por matos fechados, e de espinhos, andamos duas léguas por livrar de passar duas vezes o dito rio. E vendo-nos todos molhados e nenhuma baixa com perigo de nos cobrir e levar o rio, trabalhos todos a fazer uma balsa de paus podres e secos. E feita a dita balsa nos deitamos a todo o risco a passar o rio ou por vir enchendo e deitar já por cima do lugar em que estávamos, e nos fomos aquartelar da outra parte, no meio de um mato fechado, em um alto de areia e pedregulho, que atolavam os cavalos até os peitos, e a várzea muito mais. E se carregaram as cargas às costas e nos acabamos de aquartelar às 10 horas da noite, éguas, cavalos perdidos que com perigo, trabalho, se passaram no outro dia os que se acharam.

A 30 nos posemos em marcha e não pudemos andar mais que meia légua por se não poder atravessar o rio, nem em tábuas, por ir muito caudaloso e cheio e também por não podermos passar por terra por estar tudo coberto de água, sem dar vau e nos arrancharmos em um alto aonde dizem que não chegava a maior inundação do rio.

A 31, aflitos e agoniados de não podermos passar para diante, nem voltar para trás para a dita fazenda que tínhamos deixado, e indo-nos faltando mantimentos por ter marchado adiante de nós o comboio dos índios que o levavam e termos ficado só com o preciso para os poucos dias que entendíamos acabar de sair do dito rio, consultamos alguns índios que por ali eram mais práticos, e se deitou com eles o comissário geral, Clemente de Azevedo, e com machados e facões a ver se podia abrir alguma picada para ver se podíamos sair daquele perigo e buscar uma fazenda que se entendia ficava perto, para um lado, livrando-nos das passagens do rio. E com efeito metendo-se para o alto, por entre pedras e mato fechado, abriu uma picada de perto de duas léguas em que se gastou todo o dia e se recolheu alta noite a dar-me parte.

Ao primeiro de abril tornou o dito comissário-geral a partir com mais índios e ferramentas para continuar a picada até sair a dita fazenda que se entendia ficava ao lado e muito fora do caminho, para nos refazermos ao menos de carnes por se ter acabado e haver já muito pouca farinha, e passando as duas léguas da picada que tinha aberto o dia dantes e continuou a abrir mais uma légua pouco mais ou menos, e chegando a um riachão o passou a nado com os índios e continuou a dita picada, mandando-me um capitão dos índios e dois mais com aviso para que eu marchasse até o riachão e continuou a picada dois ou três dias com chuvas e lamas, e sem comer até sair da dita fazenda.

A 2 de abril tendo eu determinado partir pelo dito aviso e estando aquartelado no alto aonde diziam não chegava nunca a maior inundação do dito rio.

Amanheceu o dia de 2, enchendo com maior força o rio e de sorte que chegava já água ao dito alto e vendo eu que crescia com força, e que começa a cobrir o alto, mandei pegar as cargas para passar a um monte serrado de espinhos que estava mais apartado do rio, e indo os índios acharam por detrás de nós já outra baixa coberta de água que não dava vau, e por não morrerem os cavalos, todos se deitaram a nado com muito perigo dos índios que os tangiam, e ainda morreram dois cavalos e os mais correram todos riscos. E vendo-nos todos cercados de água, nos subimos às árvores que ali se achavam circunvizinhas altas e grossas, e enchendo ainda com força o rio içamos por cordas para cima das árvores os baús, altar, canastras e selas e dentro em duas horas ficou alto em que estávamos aquartelados todo coberto de água e com altura de oito e nove palmos. E aqui nos consideramos totalmente perdidos, recorrendo a Deus e à Santíssima Virgem e aos santos e almas, com votos e promessas. Começou milagrosamente o rio a diminuir, lá pelas duas horas da tarde, e baixando alguns palmos se deitaram os índios a nado com muito perigo, e foram fazer uma pequena balsa de paus secos que com muito trabalho e muito perigo por entre matos e espinhos, a nado, picados e feridos, índios me trouxeram para fora, para o alto e na mesma forma, ao depois, o Padre Manoel Simião Henriques e logo o Secretário do Estado Manoel Rodrigues Tavares, e se acabou o dia

A 3, amanhecendo pouco mais baixo o rio, se recolheu a bagagem e por estarmos já sem carne, e sem farinha, e com mui pouco biscoito, nos pusemos em marcha por lamas e atoleiros, sem os poderem passar os cavalos montados, caindo e deitando-se a cada passo, e eu e  o reverendo padre e os mais por lama e atoleiros até o joelho, e a cada passo carregando e descarregando as cargas, passando vários riachos que fez o rio e abriu os altos cobrindo tudo de águas e tudo dera lamas e atoleiros, e para andarmos estas duas léguas, marchamos todo o dia e nos aquartelamos já de noite com muita chuva e todos molhados.

A 4, marchamos pouco mais de meia légua por lamas e atoleiros até o riachão e fazendo uma balsa a toda pressa, por via enchendo o rio outra vez, e crescendo o riacho que passamos com perigo na balsa, e carregando as cargas às costas, e nós a pé, por não poderem os cavalos marchar com carga, e ainda sem sela atolavam até a barriga. E assim molhados nos fomos aquartelar em um alto aonde chegaram quatro índios que no dia antecedente tinham ido à caça e achando rasto de um boi perdido, e amontoado o mataram, e nos trouxeram a maior parte da carne dele, de que nos sustentamos por providência de Deus, pois não tínhamos já o que comer.

A 5, nos pusemos em marcha, atolando até o joelho e encontrando ao dito comissário -geral que me vinha dar parte de ter chagado com a picada à fazenda do Inhandu, e tendo andado duas léguas a pé e as cargas às costas nos aquartelamos em um alto.

A 6, marchamos na mesma forma por lamas e atoleiros a pé e os índios passando as cargas às costas por virem os cavalos destruídos e espedaçados e feridos por serem os atoleiros de pedregulhos, e assim andamos pouco mais de légua e meia, até sairmos à dita fazenda aonde achamos invernado um comboio que me largou dois surrões de farinha, à moeda de ouro cada um, e mandamos matar dois bois, de que se comeu e se assou, ou enteirou a mais carne de noite para marcharmos no outro dia.

A 7, saímos desta fazenda e marchamos também por águas e lamas que chegavam até as selas, passamos o Primeiro Taipu e com chuva continuada já montados a cavalos e com bastante perigo atravessamos a várzea que chamam do Taipu, e baixos cheios de água que nos chagava até as barreiras da sela e marchamos molhados já de noite com um guia para nos livrar do negregado rio Cearamirim, e nos fomos aquartelar no sítio Taipu de Baixo. E se admiraram e pasmaram todos de que com o dito rio cheio e com tal tempo, pudéssemos sair dele sem o passar, o que nunca pôde conseguir pessoa alguma, nem branca nem preta, por mais que faça. O que se deve ao zelo, atividade e trabalho do dito comissário-geral, Clemente de Azevedo, que buscando os altos e subindo-se acima das arvores, e vendo por onde corria o rio, ou algum alto, mandava abrir para ele a picada, apartando-se do rio e livrando a sua passagem e abrindo a dita picada, até conseguirmos sair à dita fazenda.

A 8, amanheceu o dito negregado excomungado rio cheio até deitar por fora e se não tivéssemos no dia antecedente passado com trabalho a dita várzea do Defunto, e as ditas baixas não pudéramos sair para fora por se alargar tudo outra vez, e assim demos graças a Deus, e nos pusemos em marcha e viemos à Aldeia de Guagiru, administrada pelos reverendo padres da Companhia aonde achamos do capitão-mor do Rio Grande, Domingos de Moraes Navarro, com várias pessoas que me estavam esperando tendo notícia o dito capitão-mor que eu tinha entrado o dito Cearamirim, e chagando a Fazenda da Boa Água por uns índios que tinham passado adiante, escoteiros, e vendo que da dita fazenda até o Taipu eram só dois dias de marcha, e que se tinham gastado mais de quinze sem eu aparecer, convocou todos os homens do Rio Grande, e os mais antigos, e práticos daqueles sertões para lhe apontarem o meio de acudir a minha necessidade, perigo e aflição em que me considerava com a cheia do dito negregado rio, e assentaram todos que não havia caminho, ou meio para me acudir nem eu tinha mais remédio que esperar que baixasse o rio o que obrigou ao capitão-mor a passar a aldeia a ver se achava remédio nos índios para me acudir, e ficou detendo na dita aldeia a ver se chegava alguma notícia minha e assim quando me viram se admiraram todos de ver o impossível que tínhamos vencido.

A 9, saímos da dita aldeia e marchamos três léguas para quatro a buscar a passagem do rio Potengi que é o mesmo Rio Grande, e fomos passar junto da barra e defronte da Cidade do Natal do Rio Grande aonde chegamos e passaram os cavalos com muito trabalho e perigo aboiados e atracados às canoas, e se gastou nesta passagem até depois da meia-noite, e quis Deus estar a noite boa e serena.

A 10, Domingo de Ramos, depois da missa fui ver a fortaleza, e barra para ver se podia continuar a viagem, porém chovendo, e entrando a Semana Santa me resolvi a passa-la nesta cidade.

A fortaleza foi feita pelos holandeses e fundada sobre um recife de pedra a que acomodaram a planta da fortificação fazendo-a regular, e franquiada por toda a parte pelo modo possível sem embargo que lhe ficam uns morros de areia não muito distantes quase cavaleiros donde pode ser batida e rendida.

A dita fortaleza, ainda que pequena, tem dentro em si todos os cômodos e oficinas necessárias, como capela, casa de pólvora, armazéns e quartéis, e as obras exteriores de muralha e sapata estão preparadas de novo e também as esplanadas dos baluartes em que joga a artilharia, porém os quarteis e casas interiores estão ameaçando ruína por estarem as madeiras podres e danificadas, e quase vindo abaixo os telhados, de que se deu parte a Pernambuco e se puseram em praça, e se não tinham arrematado por ser o preço muito levantado, e mais do que valiam. E eu representei ao governador de Pernambuco que seria mais útil fazer-se a jornal porque seria obra mais segura e mais durável, e de melhores madeiras sendo esta obra administrada pelo capitão-mor que certamente tem zelo e procura com seu honrado procedimento aumentar o seu serviço, e merecimento para ser acrescentado e fazendo-se também provedor da fazenda, mais inteligente e esperto do que servia por ser este menos prático, e sem exercício na administração da fazenda por ter sido o seu exercício mui diferente. Mas o governador de Pernambuco com segurança das ordens de Vossa Majestade respondeu que não podia deixar de mandar arrematar em praça.

A dita fortaleza defende muito bem a barra, e entrada do rio por estar na ponta do recife, e defronte de um picão de pedra que ficará da mesma fortaleza não sei se trinta braças entre o qual e a fortaleza vai o canal por onde entram navios, e tem fundo para qualquer nau, e se não ficará o dito picão tão perto poderiam entrar muitas naus, e estar dentro qualquer armada porque tem fundo limpo, abrigado e seguro, e é a melhor barra que tem toda esta costa deste o maranhão até o mesmo Rio Grande.

A cidade é fundada em um alto ainda que muito areento, contudo com terreno muito capaz e lavado dos ventos, e tem cinquenta para 60 casas e muitas mais perto da cidade porque a mais da gente vive nas suas fazenda.

 

Fonte:

Galvão, Hélio. História da Fortaleza da Barra do Rio Grande. MEC, Conselho Federal de Cultura, 1979. Pág. 277, 278, 279 e 280.

domingo, 9 de junho de 2024

FAMÍLIAS TAIPUENSES DESCENDENTES DE URUAÇU

 

Estêvão Machado de Miranda, casado com Bárbara Vilela Cid, filha de Antônio Vilela Cid e Ignês Duarte, eram os pais de três filhas, duas das quais mortas no massacre de Uruaçu, e a sobrevivente, Margarida Machado de Miranda, que se casou com o Capitão Manoel Duarte de Azevedo, conforme João Felipe da Trindade, em seu artigo intitulado “Uruaçu, sobreviventes e descendentes – I”, citando Lopo Curado Garro.

Estevão Machado de Miranda tinha uma menina de sete anos sua filha na fortaleza em sua companhia, e trazendo-a consigo a receber o martírio, vendo a dita menina que os flamengos queriam matar a seu pai, como aos outros presentes, se abraçou com ele, pedindo a vida do pai com as lamentações, e entendimentos de mulher de muitos anos, e os flamengos a tiraram dos braços do dito pai, ao que lhe disse o dito: Filha, dize a tua mãe que se fique embora, que no outro mundo nos veremos. E desta maneira o mataram, e a menina tirou a saia depois do pai morto, e se foi para ele, e cobrindo-lhe o rosto, e chorando, e pedindo que a matassem também, a quem os ditos algozes lançaram mão da dita saia, e trouxeram a menina a sua mãe, e ela, e os mais contaram o caso.

 

Há, porém, outra versão com relação às filhas de Estêvão e Bárbara, que dá conta, apenas, da filha sobrevivente, conforme Trindade, no artigo “Uruaçu, sobreviventes e descendentes - II”, ainda citando Lopo Curado Garro.

 

Alguns relatos sobre o massacre de Uruaçu, em 3 de outubro de 1645, dão conta que duas filhas de Estevão Machado de Miranda foram mortas e uma terceira foi entregue a um índio em troca de um cachorro. Lopo Curado Garro, no relato para João Fernandes Vieira e André Vidal de Negreiros, só faz referência a uma filha de Estevão, aquela menina de sete anos, citada no artigo anterior. Por sua vez, Manoel Maurício, descendente de Antônio Vilela Cid, afirma que Estevão e a esposa Barbara Vilela Cid tiveram uma única filha.

 

Do casamente Margarida Machado de Miranda com o Capitão Manoel Duarte de Azevedo, houve uma única filha, Catharina Duarte de Azevedo, que se casou com o Sargento-mor Manoel Rodrigues Santiago, e foram os pais de:

 

·             Antônio Rodrigues Santiago, há o registro encontrado de Antônio, aos 04/08/1705, sendo padrinho de Perpétua, filha de João Barbosa de Góis e de Luísa Ribeiro; casou-se com Custódia do Sacramento Maria.

·             Isabel Rodrigues Santiago, foi batizada aos 26/11/1691, em São Gonçalo do Potengi, sendo seus padrinhos o Capitão Teodósio da Rocha e Joana Costa; casou-se, com Salvador de Araujo Correa.

·             Elena Duarte de Azevedo, foi batizada aos 27/12/1701, na Capela de São Gonçalo do Potengi, foram seus padrinhos Antônio Duarte e Anna de Macedo; casou-se aos 12/02/1730, na Capela de Nossa Senhora do Socorro da Utinga, com o Coronel Lourenço de Araújo Correa, filho de João de Araújo e de sua mulher Maria.

 

Dos filhos de Margarida Machado de Miranda com o Capitão Manoel Duarte de Azevedo, destacaremos Isabel Rodrigues Santiago, que se casou com Salvador de Araujo Correa e, de cujo casal descendem as seguintes famílias taipuenses: Ferreira de Miranda, Rodrigues da Silveira, Rodrigues Santiago, Severiano da Câmara (Rodrigues da Câmara) e Vilela Cid.

 

Isabel Rodrigues Santiago e Salvador de Araújo Correia foram os pais de:

F.01 - Anna Maria da Conceição, casou-se com o português José Teixeira da Silva.

F.02 - Sargento-mor Antônio Rodrigues Santiago, solteiro.

F.03 - Bernarda de Araújo Correa, casou-se com o Capitão Rodrigo Alvares Correa.

F.04 - Isabel Rodrigues Santiago, solteira.

F.05 - Joanna Rodrigues Santiago, casou-se com Capitão João Rodrigues de Seixas. Foram os pais de:

N.01 – Tenente Alexandre Rodrigues Santiago, foi batizado na freguesia de Natal aos 03/09/1753, sendo seus padrinhos Antônio Rodrigues e Isabel Rodrigues; viúvo de Anna da Silveira, falecida aos 23/02/1800, casou-se na Capela da Soledade, filial da Matriz de Nossa Senhora da Apresentação de Natal, aos 20/021805, com Leonor da Rocha Bezerra, filha do Tenente-coronel Antônio da Rocha Bezerra e de sua mulher Joana Ferreira de Melo.

Bn.01 – Maria, foi batizada na Capela da Soledade, freguesia de Natal, aos 17/05/1810, sendo padrinhos o Tenente Francisco Barbalho Bezerra e Joana Ferreira de Melo.

N.02 - Tereza Duarte de Jesus, foi batizada na Capela de Nossa Senhora da Soledade de Jundiaí, aos 20/04/1755, sendo seus padrinhos o Sargento-mor Francisco de Araujo Correa e sua irmã Ignes Duarte, filha de Elena Duarte; casou-se na Capela Nossa Senhora da Conceição de Jundiaí (chama atenção, porque a Capela de Jundiaí é Nossa Senhora da Soledade), aos 23/11/1764, com o Capitão José Teixeira da Silva, filho de João Teixeira da Silva e de Maria Joana. Foram os pais de:

Bn.02 - Francisco Teixeira de Araújo, casou-se com Isabel Dantas Xavier, foram os pais, dentre outros, de Dona Bernarda Dantas da Silva, esposa do Manoel Varela do Nascimento, o Barão de Ceará Mirim.

Bn.03 - Isabel Duarte de Jesus, casou-se com Francisco de Souza Xavier.

Bn.04 - Maria Joanna Rodrigues Teixeira, casou-se com Antônio Cláudio de Macedo Cabral, citado nos filhos do Sargento-mor Antônio Rodrigues da Silveira e de sua mulher Maria Ignacia Cabral de Macedo

N.03 - Sargento-mor Antônio Rodrigues Santiago, casou-se com Maria Inácia Cabral de Macedo. Foram os pais de:

Bn.05 - Antônio Cláudio de Macedo Cabral, casou-se com Maria Joana Teixeira, citada nos filhos de Tereza Duarte de Jesus e do Capitão José Teixeira da Silva. Foram os pais de:

Tn.01 - Francisco, nasceu em agosto de 1802 e foi batizado na Igreja de São Gonçalo aos 12/09/1802, sendo padrinhos Francisco Teixeira de Araújo, solteiro, e Dona Tereza Duarte de Araújo por procuração que apresentou Maria Tereza.

Tn.02 - Francisca, foi batizada na Capela de Utinga aos 02/04/1805 sendo padrinhos José Teixeira da Silva, casado, e Dona Maria Inácia, casada.

N.04 - Capitão Manoel de Araujo Correa, casou-se na casa do Tenente-coronel Francisco Machado de Oliveiras Barros, aos [??]/11/1777, com Maria Jacinta Pródiga da Costa, filha legítima do Provedor da Fazenda Real, o português Dionísio da Costa Soares, natural da cidade de Lisboa, e de Eugenia de Oliveira Melo. Foram os pais de:

Bn.06 - Maria, nasceu aos 19/06/1778, foi batizada no mesmo dia na Capela de Nossa Senhora do Socorro da Utinga, sendo padrinho Manoel Antônio de Oliveira.

Bn.07 - Dionísio (I), faleceu aos 28/07/1789 com idade de quatro anos, nascido por volta do ano de1784.

 

Bn.08 - Ignácio, nasceu aos 18/07/1785 e foi batizado na Capela de Nossa Senhora do Socorro da Utinga aos 18/09/1785, sendo padrinhos Alexandre Rodrigues Santiago, solteiro, e Bernarda de Araujo.

Bn.09 - Eugenia (I), faleceu aos 28/09/1789, com três anos de idade, portanto, nascida no ano de 1786.

Bn.10 - Dionísio (II), nasceu em janeiro de 1790 e foi batizado na Capela de Nossa Senhora do Socorro da Utinga, aos 14/0/1790.

Bn.11 - Joaquim, nasceu aos 11/08/1791 e foi batizado na Capela de Nossa Senhora do Socorro da Utinga aos 08/09/1791, sendo padrinhos Manoel Teixeira da Silva e Ana Maria da Conceição.

Bn.12 - Antônio Vilela Cid, nasceu por volta do ano de 1805 e faleceu aos 12/06/1866 sendo sepultado no Cemitério de Jaçanã, freguesia de Ceará Mirim; casou-se com Isabel Francisca de Barros Vieira (também aparece com Isabel Maria da Conceição). Foram os pais de:

Tn.03 - Maria, foi batizada na Capela de São Gonçalo, aos 19/03/1814, sendo seus padrinhos o Tenente Antônio Cláudio [?] e Maria Jacinta.

Tn.04 - Isabel Jacinta Soares de Oliveira, nasceu aos 23/09/1819; casou-se na Tapitanga, em casa de Antônio Vilela Cid, aos 23/11/1837, com Pedro Barbosa de Oliveira Costa, filho de José Teixeira de Oliveira e de Maria José do Espirito Santo.

Tn.05 - Anna, nasceu aos 10/12/1832 e foi batizada na Capela de São Gonçalo aos 06/01/1833, sendo padrinhos Luiz Soares Raposo da Câmara por procuração apresentado por Gabriel Soares [?] e Ana Feliciana de Moura, solteira.

Tn.06 - Antônio Vilela Cid, casou-se no Sítio Varge, freguesia de Macaíba, aos 09/02/1869, com Francisca Dias Galeana, filha legitima de José Joaquim Mendes e de Luiza Lourença Conceição.

Tn.07 - Dionísia da Costa, aparece com o pai Antônio Vilela Cid apadrinhando Joana, batizada na Capela de São Gonçalo do Potengi, aos 20/09/1833, filha legítima de Joaquim Felix de Lima Borges e de Francisca Maria da Conceição.

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Tn.08 - Francisco Felipe de Oliveira Cid, natural de Macaíba, casou-se com Isabel Bonifácia de Oliveira Cid (no casamento de José Vilela com Ursulina no nome da mãe do nubente aparece como Francisca Maria de Carvalho), filha de João Policarpo Rodrigues Galhardo e de Herculana Agostinha de Melo. Foram os pais de:

Qn.01 - Herculano Vilela Cid, nasceu em Ceará Mirim aos 23/06/1894 e faleceu aos 04/12/1904.

Qn.02 - José Vilela de Oliveira Cid, nasceu em Ceará Mirim aos 18/03/1899; casou-se em oratório privado, na freguesia de Ceará Mirim, aos 08/11/1888, com Ursulina Liberalina Furtado de Meneses, filha legítima do Tenente-coronel José Furtado de Mendonça Menezes e Raimunda Esmeralda Furtado.

Ilza Cid Viana, filha de Luiz Gonzaga Cid e de Leopoldina Viana de Miranda, neta paterna de José Vilela e Ursulina, nascida aos 16/04/1941 e batizada na Igreja Matriz da cidade de Pedro Velho, aos 10/05/1942, tendo como padrinhos o Dr. Getúlio Dornélio Vargas e Darcy Vargas; casou-se com José Viana de Miranda.

Eis os “VILELA CID” de Taipu.

Qn.03 - Antônio Vilela Cid Sobrinho, casou-se com Antônia Etelvina Vilela Cid, filha do Capitão Bonifácio [?] de Gouveia e sua mulher Joana Carolina Varella (no registro de nascimento do filho de Antônio, o nome da avó paterna aparece como Florência Maria de Carvalho – Teria Francisco Felippe casado duas vezes?).

Qn.04 - Francisco Vilela Cid, casou-se com Josefa Neomária Vilela [?], filha de José [?] Dantas Soares e de Tereza Maria da [?].

Bn.13 - Anna Maria Prodiga da Costa, casou-se com Jose da Costa Vasconcelos.

Bn.14 - Eugenia Maria de Oliveira Barros, casou-se na Capela do Ferreiro Torto, Macaíba, aos 30/09/1819, com Otávio José da Rocha.

Bn.15 - João Rodrigues da Silveira, casou-se na Capela de São Gonçalo do Potengi, aos 12/10/1800, com Mariana Josefa Joaquina da Trindade, filha do Capitão José Joaquim Mendes Soquete, natural da freguesia de São Xavier, da Cidade de Porto Alegre, Província do Alentejo, Portugal, e de sua mulher Joaquina Josefa da Conceição. Foram os pais de:

Tn.09 - José Rodrigues da Silveira, nasceu aos 24/07/1801 e foi batizado na Igreja de São Gonçalo, aos 19/08/1801, sendo padrinhos o avô materno e sua mulher Elena Duarte de Azevedo. (no assento de batismo há um equívoco: Elena Duarte de Azevedo é chamada de esposa do Capitão José Joaquim, quando na realidade ela é esposa de Lourenço de Araújo Correia); casou-se com Águeda Gomes de Souza.

José Rodrigues e Águeda Gomes formaram um dos troncos genealógicos da família RODRIGUES DA SILVEIRA, de Taipu.

Tn.10 - Joaquina, nasceu aos 04/11/1802 e foi batizada na Igreja de São Gonçalo aos 28/11/1802, sendo padrinhos o Capitão José Joaquim Mendes Soquete, casado, e Tereza Maria de Jesus, solteira.

Tn.11 - Miguel, foi batizado na Capela de Utinga aos 30/08/1808, sendo padrinhos o Tenente-coronel Manoel Alves Correa por procuração do presente Manoel de Araujo Correa e Leonor da Rocha.

Tn.12 - Felix, foi batizado aos 02/09/1810, sendo seus padrinhos Francisco Machado do Rego Barros e sua Mulher Maria [?].

Tn.13 - Antônio Vilela Cid, casou-se na freguesia de Extremoz, aos 16/02/1836, com Isabel Maria da Conceição, filha legítima de José Joaquim Soares de Melo e de Josefa Maria da Conceição.

Tn.14 - Francisco de Araujo Correa, casou-se na freguesia de Nossa Senhora do Ó de Papary, atual Nísia Floresta, em casa de Estevam José de Carvalho, aos 21/11/1848, com Maria Tereza de Carvalho, filha legítima de Estevam José de Carvalho e de sua mulher Tereza Joaquina de Jesus.

Tn.15 - João Rodrigues da Silveira Junior, casou-se na freguesia de Extremoz, aos 10/08/1846, com Francisca Tereza de Jesus, filha legítima de Alexandre José de Souza e de Tereza Maria de Jesus. Foram os pais de:

Qn.05 - Antônio Rodrigues da Silveira, casou-se aos 22/02/1887, com Joana Maria da Conceição, filha de Alexandre Freire e de Francisca Maria da Conceição.

Tn.16 - Maria Jacintha Prodiga da Costa, casou-se na freguesia de Extremoz aos 15/12/1842, com Joaquim Gomes de Castro, filho de Manoel Gomes de Castro e de Anna Maria.

Tn.17 – Vicente Xavier de Souza, casou-se na vila de Ceará Mirim, em seu oratório privado, aos 05/07/1868, com Clemência Maria da Conceição, natural da freguesia de Goianinha, filha de Pantaleão Freire da Trindade e de Francisca Felipa.

N.05 - João Rodrigues de Seixas Júnior, casou-se com Tereza Rodrigues Santiago. Sem sucessão.

N.06 - Capitão Salvador de Araujo da Silveira, casou-se com sua sobrinha Bernarda Dantas da Silveira, filha do Capitão Francisco Xavier de Souza e de Tereza Duarte de Jesus. Dos filhos do casal, encontrei os que seguem:

Bn.16 - Joaquim José Dantas, nasceu aos 09/12/1799 e foi batizado na Capela da Utinga aos 20/12/1799, sendo padrinhos José Teixeira da Silva e sua mulher Tereza Tereza Duarte de Jesus.

Bn.17 - Francisco, nasceu aos 10/12/1799 e foi batizado na Capela de Nossa Senhora do Socorro da Utinga, aos 09/01/1800, sendo padrinhos o Capitão José Teixeira da Silva e sua mulher Tereza Duarte de Seixas.

Bn.18 - Alexandre, nasceu aos 23/02/1800 e foi batizado na Igreja de São Gonçalo, em abril de 1800, sendo padrinhos José de Araujo Correa e Joana Xavier.

Bn.19 - Manoel, foi batizado na Capela de Nossa Senhora do Socorro da Utinga, aos 22/09/1802, foram padrinhos Francisco Xavier de Souza Junior, viúvo, e Isabel Duarte Xavier, filha do Capitão Francisco Xavier de Souza.

Bn.20 - Anna, nasceu a 01/05/1804 e foi batizada na Capela de São Gonçalo aos 15/05/1804, sendo seus padrinhos Luiz Teixeira da Silva, casado e Tereza de Jesus, filha do Capitão Francisco Xavier de Souza.

Bn.21 - Isabel, foi batizada na Capela de Nossa Senhora do Socorro da Utinga, aos 08/01/1805 (o que leio), sendo padrinhos o Tenente Joao Manoel de Carvalho, solteiro, e Lourença Duarte Xavier.

Bn.22 - José, foi batizado na Capela da Utinga, aos 22/02/1807, sendo padrinhos o Capitão Antônio da Rocha Bezerra e Leonor da Rocha, ambos casados; faleceu aos 20/06/1808 e foi sepultado na Capela da Utinga.

Bn.23 - João, em janeiro de 1813 e foi batizado na Capela de Utinga aos 09/02/1813, sendo padrinhos o Capitão Francisco Xavier de Souza e Dona Maria Duarte Xavier.

F.06 - Capitão José Rodrigues Santiago, casou-se na Matriz de Nossa Senhora da Apresentação, 10/05/1745, com Marcelina de Abreu Soares, filha legítima de do Sargento-mor Antônio Simões Moreira e de sua mulher Adriana de Sirqueira. Foram os pais de:

N.07 - Alferes Antônio Rodrigues Santiago, casou-se na Capela de São Gonçalo, aos 24/11/1773, com e Ignácia Francisca de Mello, filha legítima de Manoel de Abreu Soares e de sua mulher Antônia Francisca de Melo. Do casal nasceram:

Bn.24 - José, nasceu aos 08/12/1774 e foi batizado na Capela de São Gonçalo do Potengi aos 22/01/1775 sendo padrinhos Manoel de Abreu Soares, casado, e Adriana de Rodrigues de Sirqueira, solteira.

Bn.25 – Bernardina (I), faleceu aos 26/06/1798, com dois meses de nascida, e foi sepultada na Capela de São Gonçalo.

Bn.26 - Bernardina (II), nasceu aos 05/11/1790 e foi batizada na Capela de São Gonçalo aos 20/11/1788, sendo padrinhos Bento Luiz e Antônia Gomes.

Bn.27 – Anna Joaquina de Melo, casou-se na Capela de São Gonçalo da Ribeira do Potengi, aos 20/11/1813, com João Manoel de Brito, filho de Francisco pereira de Brito e de sua mulher Caetana Maria [?].

Bn.28 - Antônia Joaquina de Melo, casou-se com Alexandre Rodrigues Santiago, nascido por volta do ano de 1773 e falecido, já viúvo, aos 30/09/1841, sendo sepultado na Matriz de Sant’Anna do Mattos do Assu, filho de João Gomes Carneiro, natural de Lisboa, e Anna Ferreira de Melo. Foram os pais de:

Tn.18 – Jerônimo, nasceu aos 20/07/1779 e foi batizado na Capela de São Gonçalo, aos 13/08/1779, sendo padrinhos o Alferes Antônio Rodrigues Santiago, viúvo, se Joana Gomes, casada.

Tn.19 - João Ferreira de Miranda Câmara, nasceu aos 18/09/1802 e foi batizado na Igreja de São Gonçalo aos 30/09/1802, sendo seus padrinhos Antônio Francisco Vieira e sua mulher Francisca Xavier dos Prazeres. No assento de batismo os pais aparecem com os nomes de Alexandre Ferreira de Miranda e Antônio Francisca de Melo, entretanto, pelos nomes dos avós, pode-se constatar trata-se João Ferreira de Miranda Câmara, senhor de escravos, que foi casado com Joaquina Maria da Conceição, filho legítima de José Joaquim da Câmara e de Quitéria Tereza de Jesus.

“Como houve oportunidade de ressaltar-se anteriormente, Luiz Valcacer da rocha Pita, (conhecido por Pai Lolô), neto de Simão da Fonseca ita e filho de Luiz da Rocha Pita, foi durante a vida inteira um comerciante ambulante, além de suas atividades no ramo agropecuário.

Negociando com tropas de burros em todo o estado, viajou inúmeras vezes a Recife para comprar gêneros alimentícios, demorando em cada viagem cerca de dois meses. Conduzia farinha e rapadura do brejo da Paraíba e açúcar das usinas de Ceará Mirim para abastecer a região central do Rio Grande do Norte.

Em suas viagens, veio a conhecer e casar-se com Antônia Ferreira de Miranda, filha de um rico proprietário de terras em Taipu, chamado João Ferreira de Miranda. Este, por sua vez, tinha outras duas filhas: Rita Regina que se casou com Tomaz de Araújo Pereira (Tomaz Bengala) e Maria Ferreira de Miranda que se casou com um irmão de Luiz Valcacer chamado João Luiz da rocha Pitta, o que foi relatado anteriormente.”  (Fonte anexada ao site www.familysearch.org.  Manoel Américo de Carvalho Pita Famílias Tradicionais – Um estudo Genealógico Capitulo II – Família Carvalho, Descendência de Luiz Valcácer da Rocha Pita (Pai Lolô – 1838-1927). Pág 19).

 

Do casal João Ferreira de Miranda Câmara e Joaquina Maria da Conceição, nasceram:

Qn.06 - Antônia Ferreira de Miranda (ou Antônia Joaquina de Miranda), casou-se com Luiz Valácer da Rocha Pitta, nascido por volta do ano de 1728 e falecido em Santana do Matos aos 26/11/1824.

Qn.07 – José Ferreira Nobre da Câmara, casou-se na Matriz de Santana do Matos, aos 29/06/1857, com Maria Joaquina da Silva Lima, filha legítima de João Tavares da Silva e Ana Catharina de Carvalho.

Qn.08 – João Ferreira de Miranda Júnior, nasceu aos 22/03/1836 e foi batizado no Sítio São Romão, da freguesia de Santana do Matos aos 04/06/1836, sendo padrinhos Joaquim Inácio da Silveira Borges e Maria Ignácia, solteiros; casou-se com Maria Belarmina Lins de Albuquerque.

Qn.09 – Manoel Antônio de Miranda, casou-se na freguesia de Touros, aos 18/10/1854 com Joanna Quitéria da Cãmara, filha legítima de José Joaquim Nobre da Câmara e Lúcia Francisca da Costa.

Qn.10 – Maria Francisca Nobre, casou-se no Sítio São José, freguesia de Santana do Matos, aos 02/10/1850, com Luiz Valcácer da Rocha Pitta, filho de Luiz da Rocha Pitta e de sua mulher Leonarda Maria da Apresentação.

Qn.11 - Maria Marcionila de Miranda, nasceu aos 02/09/1837 e foi batizada no Sitio São Romão da freguesia de Santana do Matos, aos 20/05/1838, sendo Padrinhos Luiz da Rocha Pitta, casado, e Maria Ignácia Rosalina, solteira; faleceu em Currais Novos, onde residia, aos 18/05/1921; casou-se no Sítio Cascavel, freguesia de Acari, aos 23/11/1869, com o Coronel Cypriano Lopes de Vasconcelos Galvão, viúvo de Laurinda Bizerra de Vasconcelos, filho de Manoel Lopes Galvão e de Maria Alexandrina de Vasconcelos.

Qn.12 – Rita Regina Maria Câmara, casou-se em primeiras núpcias com Tomaz Pereira de Araújo, que faleceu aos 31/10/1862 e, em segundas núpcias, no Sítio Cascavel, da freguesia de Acari, aos 30/09/1869, com Manoel Pires de Albuquerque Galvão.

Tn.20 - Ana Joaquina de Melo, casou-se com João Gomes Carneiro Júnior, filho de João Gomes Carneiro e de Ana Joaquina de Melo.

Tn.21 – Antônio Ferreira de Miranda, casou-se no Sítio São Romão, da freguesia de Angicos, aos 30/11/1844, com Aldonsa Salvina do Amor Divino, filha legítima de Luiz da Rocha P-Pitta e de sua mulher Leonarda Maria da Apresentação.

Tn.22 - Bernardina Joaquina Rodrigues Santiago, casou-se na Barra da Ilha, freguesia de Ceará Mirim, aos 10/11/1846, com José Nicácio Barbosa, filho de Nicácio Barbosa e de Belarmina de Paiva.

Tn.23 - Florência Joaquina de Melo, casou-se com Manoel Luiz de França.

Tn.24 - Manoel Ferreira de Miranda.

Com Relação a Manoel Ferreira de Miranda, José Humberto (2011, p.96), cita Isabel Maria da Câmara como sua esposa e pais de Manoel Ferreira de Miranda Câmara, no entanto, no assento de casamento de Manoel Ferreira de Miranda Câmara com Ana Ferreira de Miranda, consta o nubente como filho natural, citando apenas o nome da mãe, Isabel Maria da Câmara.

“Aos dezenove de janeiro de mil oitocentos e sessenta e dois, na Jacoca, pelas dez horas da manhã o Pe. João Damasceno Davin Dantas de minha licença, casou a Manoel Ferreira de Miranda, filho natural de Isabel Maria da Câmara, com Ana Ferreira de Miranda, filha legítima de Bonifácio Francisco da Câmara e Ana Ferreira de Miranda, já falecidos e ... dei as bençãos nupciais, sendo testemunhas Alexandre Lopes de Vasconcelos e José Joaquim da Câmara. E para constar mandei fazer este assento que me assigno.”

Também na freguesia de Ceará Mirim, encontramos o assento de batismo, assinado pelo Padre Candido José Coelho, de Cândido, filho de Manoel Ferreira de Miranda e Francisca Antônia da Câmara.

“Aos treze de Outubro de mil oitocentos e quarenta e quatro nesta Matriz baptizei solenemente a Candido, branco, nascido a hum mês, filho legitimo de Manoel Ferreira de Miranda e Francisca Antonia da Camara e foram Padrinhos Antonio Rodrigues Santiago e sua mulher Joana Franca da Rocha e para constar, mandei fazer este assento, em que assignei.”

 

Ainda na Freguesia de Ceará Mirim, encontramos o assento de casamento de Manoel Ferreira Lopes de Paiva e Maria Tereza dos Prazeres, a nubente filha de Manoel Ferreira de Miranda e Francisca Antônia da Câmara:

“Aos vinte e três de Outubro de mil oitocentos e sessenta e seis no lugar Jacoca dessa Freguesia, dispensados do impedimento que os ligava e corrido os banhos Just Trid, o Padre Luiz da Fonseca Silva, de minha licença uniu em matrimonio com a solenidade das benções os Contratantes Manoel Ferreira Lopes de Paiva e Maria Thereza dos Prazeres, ele filho legítimo de Francisco de Paula Paiva e Bernardina Rodrigues de Vasconcelos, ela filha legítima do finado Manoel Ferreira de Miranda e Francisca Antonia da Camara depois de confessados e examinados em doutrina, e sendo testemunhas Alexandre Lopes de Vasconcelos e Candido Marcolino Monteiro. Do que fiz este assento que assigno.

Targino Paulino de Carvalho Parocho e [?]”

 

Manoel Ferreira de Miranda, que aparece nos assentos acima como marido de Francisca Antônia da Câmara, é citada por José Humberto (2011, p.96), como pai de Manoel Ferreira de Miranda Câmara, que é filho de Isabel Maria da Câmara. Isabel Maria da Câmara era filha de João José Torres e Vicência Maria da Conceição.

Do casal Manoel Ferreira de Miranda e Ana Ferreira de Miranda, descende a família Taipuense FERREIRA DE MIRANDA.

Bn.29 - João Rodrigues Santiago, casou-se nesta Matriz (de São Gonçalo?), aos 08/01/1820, com Bertholeza Maria da Conceição, filha legítima de Francisco da Silva Casado e sua mulher Anna Gomes.

Bn.30 – Maria Tereza de Melo, casou-se na Capela de São Gonçalo da Ribeira do Potengi, aos 04/11/1800, com João Gomes Carneiro, filho de João Gomes Carneiro e de sua mulher Ana Ferreira de Miranda.

N.08 – Adriana Rodrigues de Sirqueira, foi batizada na Igreja de São Gonçalo aos 18/08/1749, sendo seus padrinhos o Sargento-mor [?] Barbosa Cordeiro, homem solteiro e Ana Maria da Conceição, mulher de José [?] da Silva; casou-se com Francisco Antônio Teixeira. Fora os pais de:

Bn.31 – Ana Cláudia da Silveira, nasceu aos 07/07/1776 e foi batizada na Capela de São Gonçalo do Potengi, no 01/08/1776, sendo padrinho o Coronel Francisco da Costa Vasconcelos, viúvo; casou-se com João Gomes de Melo, filho do Sargento-mor Prudente de Sá Bezerra e de Maria Tereza. Foram os pais de:

Tn.25 - Manoel, nasceu aos 12/12/1794 e foi batizado na Capela de São Gonçalo do Potengi aos 04/01/1795, sendo padrinhos Manoel Martins Bragança, solteiro, e Maria de barros, solteira.

Tn.26 - Tereza, nasceu aos 28/01/1803 e foi batizada na Igreja de São Gonçalo, aos 13/02/1803, forram padrinhos Antônio Manoel de Sirqueira e Luiza Gomes de Vasconcelos, solteiros.

Tn.27 - Ignácia, foi batizada na Capela de São Gonçalo do Potengi aos 11/06/1804, sendo padrinho Antônio Cavalcante Bezerra.

Tn.28 - Francisco, foi batizado na Capela de São Gonçalo aos 12/07/1805, sendo padrinhos Ipólito de Sá Bezerra e Maria Tereza de Macedo.

Tn.29 - José, nasceu aos 20/02/1807 e foi batizado na Capela de São Gonçalo aos 13/03/1807, sendo padrinhos o Capitão Antônio Jose dos Santos, viúvo, e Dona Maria José de Jesus, casada.

Embora seja provável existir, não encontrei documentos que comprovem ligações genealógicas dos descendentes de Ana Cláudia da Silveira e João Gomes de Melo com a família GOMES DE MELO, de Taipu.

Bn.32 - Tereza Rodrigues de Sirqueira, nasceu por volta do ano de 1788 e faleceu aos 25/07/1848; casou-se com o Capitão Dioniso da Costa Soares, filho de Gonçalo Soares Raposos da Câmara e de Anna Soares de Melo. Foram os pais de:

Tn.30 - José (I), faleceu em Extremoz, aos 12/08/1805, com três anos e meio de idade, teria, portanto, nascido no ano de 1803.

Tn.31 - André Apóstolo Soares da Câmara, casou-se com Quitéria Maria Soares Câmara.

Tn.32 - Dionísio da Costa Soares Júnior.

Tn.33 - Ignácia Francisca Soares da Câmara, casou-se aos 22/08/1838, na Igreja Matriz de Ceará Mirim, com José Francisco de Paula Câmara, viúvo que ficou de Joaquina Soares da Câmara.

Tn.34 - Isabel Rodrigues da Silveira, casou-se com o Capitão Cândido Marcolino Monteiro, que foi, por nomeação, o primeiro intendente de Taipu.

Tn.35 – José Ferreira da Câmara, casou-se com Maria Antônia Câmara. Foram os pais de:

Qn.13 - Alexandrina Rodrigues da Silveira, casou-se com João Correa Barbosa.

Qn.14 – João Severiano da Câmara, casou-se no ano de 1853, com Tereza Rodrigues da Silveira, filha de Manoel Rodrigues da Silveira e Inácia Francisca de Melo.

A casal, que são avós paternos do Senador João Câmara, é tronco genealógico da família taipuense SEVERIANO DA CÂMARA, que se tornou RODRIGUES DA CÂMARA.

Qn.15 - Maria da Conceição Câmara, casou-se com Porfírio José Freire de Amorim.

Tn.36 – Joaquina Rita Soares, casou-se com Joaquim da Costa Soares

Tn.37 - Manoel Antônio Soares da Câmara, casou-se aos 09/10/1830, na freguesia de Extremoz, com Maria da Glória Pinto, natural de Angola, filha natural de Joaquim José Pinto e [?] e em segundas núpcias com Maria Tereza Rodrigues de Sirqueira, filha legítima de José Martins e de Bernardina Rita de Assumpção.

Tn.38 – Manoel Francisco Soares Raposo da Câmara, casou-se aos 22/08/1831, com Maria Roza de Oliveira, filha legítima de Gaspar Rebouças Malheiros e Roza Maria de Oliveira.

Tn.39 - Manoel Rodrigues da Silveira, casou-se com Joana Gomes da Rocha. Foram os pais de:

Qn.16 – Manoel Rodrigues da Silveira, nasceu no ano de 1797, faleceu aos 09/03/1857 e foi sepultado na Matriz de Ceará Mirim; casou-se com Ignácia Francisca de Melo, nascida no ano de 1809, falecida aos 11/12/1855 e sepultada na Igreja Matriz de Ceará Mirim.

O casal Manoel Rodrigues e Ignácia formou mais i troco genealógico RODRIGUES DA SILVEIRA, de Taipu.

Qn.17 - Ana Joaquina da Silveira, casou-se com Francisco Lopes de Vasconcelos.

N.09 – Catarina de Abreu Soares, casou-se com Francisco Xavier dos Santos. Foram os pais de:

Bn.33 – José [?], nasceu aos 19/12/1765 e foi batizado na Capela de São Gonçalo, sendo padrinhos o Sargento-mor Antônio Rodrigues Santiago, solteiro, e Dona Adriano Rodrigues de Sirqueira, solteira.

Bn.34 - Joaquim, nasceu a 01/09/1779, foram seus padrinhos Domingos Rodrigues, casado, e Dona Manoela Freire, mulher de João Pedro de Sá.

Bn.35 – Sebastiana, nasceu aos 20/01/1778 e foi batizada na Capela de São Gonçalo do Potengi aos ??/02/1778, sendo seus padrinhos João Cavalcante e sua mulher [?] Lourença Bezerra.

F.07 - Lourença de Araújo Correa, casou-se em primeiro matrimônio com Luiz Correa Soares, e forma os pais de:

N.10 – Ana Soares.

N.11 – Maria Soares.

Viúva de Luiz Correa Soares, Lourença casou-se em segundas núpcias com o português Bento José da Taveira, foram os pais de:

N.12 - José Taveira.

N.13 - Capitão Salvador Maria da Trindade.

F.08 - Capitão Manoel de Araújo Correa, casou-se com Antônia Freire de Amorim, filha do Coronel Theodósio Freire de Amorim e Benícia Gomes da Costa. Foram os pais de:

N.14 – Antônio Freire de Amorim.

N.15 – Damásia Gomes.

N.16 – João Freire de Amorim.

N.17 – Capitão Lourenço Freire de Amorim.

N.18 – Padre Lourenço Gomes Freire.

N.19 – Padre Manoel de Araujo Correa.

N.20 – Tereza Gomes.

F.09 - Salvador de Araújo Correa Júnior, casado com Antônia de Sanches.

F.10 - Tereza Duarte de Jesus, a quem coube a administração da Capela da Utinga; casou-se com o Capitão Francisco Xavier de Souza, natural da Bahia. Foram os pais de:

N.21 – Bernarda Dantas da Silveira, citada no casamento do Capitão Salvador de Araujo Correa.

FAMÍLIA RODRIGUES SANTIAGO

Jerônimo Rodrigues Santiago nasceu no ano de 1807 e faleceu aos 10/07/1842; casou-se com Felipa Benícia da Silveira (primeiro matrimônio de Felipa) e foram os pais de:

F.01 - Maria, nasceu no ano de 1838 e foi batizada em Ceará Mirim, aos 29/10/1939; foram seus padrinhos Manoel Luiz de França e sua mulher [...] Joaquina de Melo; faleceu aos 04/05/1941.

F.02 - Manoel, foi batizado em Ceará Mirim, aos 29/10/1839; foram seus padrinhos Francisco Lopes de Vasconcelos e sua filha Joana Gomes de Paula.

F.03 - Alexandre Rodrigues Santiago, casou-se no lugar Jacoca, em oratório privado, aos 20/05/1867 com Maria Joaquina Rodrigues de Paiva, filha de Francisco de Paula Paiva e Bernardina Lopes de Paiva. Francisco de Paula Paiva, o 2º com esse nome, foi o primeiro presidente eleito da Intendência Taipu.

Alexandre e Maria Joaquina formaram o tranco genealógico da família RODRIGUES SANTIAGO, de Taipu.

Com relação a ascendência de Jerônimo Rodrigues Santiago, infelizmente, não foi possível estabelecer sua ligação aos descendentes do Sargento-mor Manoel Rodrigues Santiago e Catharina Duarte de Azevedo.

O professor José Humberto sugere que Jerônimo é descendente de Isabel Rodrigues Santiago, conforme segue:

“Taipu, na sua genealogia, encontramos várias famílias descendentes dos Mártires de Uruaçu. Á família Rodrigues Santiago, a família Vilela Cid, a família Ferreira de Miranda, a família Gomes da Costa, a família Severiano da Câmara, a família Soares da Câmara, a família Praxedes do Amaral.

Segundo Manoel Maurício Correa, citado por Trindade (2011, p 70), o documento começa com o Português Antônio Vilela Cid que era casado com Inês Duarte, irmã do Padre Ambrósio Francisco Ferro e tiveram 05 filhos, inclusive, Bárbara Vilela Cid, que casou-se com Estêvão Machado de Miranda, outro massacrado de Uruaçu, e tiveram Margarida Machado de Miranda que casou-se com o capitão Manoel Duarte de Azevedo e tiveram Catarina Duarte de Azevedo, que casou-se com o Sargento -Mor, Manoel Rodrigues Santiago e tiveram Antônio Rodrigues Santiago, Isabel Rodrigues Santiago e Elena Duarte de Azevedo. O Rodrigues Santiago de Taipu é, provavelmente, de Isabel Rodrigues Santiago.” (Silva, 2013, pág. 160).

 

Já com relação à Felipa Benícia da Silveira, é possível que seja filha de Manoel Rodrigues da Silveira e Joana Gomes da Costa, como alguns aludem, embora não citem documentos comprobatórios.


 

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:

 

https://geneall.net/pt/forum/66591/familia-arruda-camara/ - acessado em 16 de maio de 2024

https://putegi.blogspot.com/2016/02/o-inventario-de-thomaz-bengala.html João Felipe da Trindade. O Inventário de Thomaz Bengala - Acessado em 16 de maio de 2024.

https://utinga.wordpress.com/page/ - João Felipe da Trindade. Acessado em 16 de maio de 2024.

https://www.familysearch.org/pt/ - Acessado em 16 de maio de 2024.

Filho, Olavo de Medeiros. Os barões do Ceará Mirim e Mipibu.

Gomes, Carlos Roberto de Miranda. Testemunhos – José Gomes da Costa. Natal / RN, 2002.

Praxedes, Gustavo de Castro. Um Passeio pela Genealogia da Família Rodrigues Santiago. Taipu / RN, 2004 (inédito).

Silva, José Humberto da – A Vila de Taipu e as famílias Ferreira da Cruz e Boa da Câmara, Natal – 2011.

Tenório, Antônio. Famílias Tourenses: Câmara, França, Varela e Leite - Natal. Offset, 2023.

Trindade, João Felipe. Notícias Genealógicas do Rio Grande do Norte, 2ª Edição – Natal, edufrn, 2019.

 

Da passagem de João da Maia Gama, a serviço do Rei, por Taipu.

  DIÁRIO DA VIAGEM DE REGRESSO PARA O REINO, DE JOÃO DA MAIA GAMA, E DE INSPEÇÃO DAS BARROS DOS RIOS DO MARANHÃO E DAS CAPITANIAS DO NORTE...