quinta-feira, 29 de julho de 2021

Do velho Grupo Escolar Joaquim Nabuco, 1964


 

Fonte: acervo particular de Alzira Saldanha

Grupo Escolar Joaquim Nabuco 1964. Da esquerda para a direita - fila do alto: 1° - ?, 2º - ?, 3º - ?, 4º - Sebastião Caetano, 5º - Ariosvaldo Bandeira - Lovada, 5º - Liceu Carvalho, 6º - João Maria Arruda - Titela; fila do meio: 1ª - Alzira Saldanha, 2ª - Fátima Goulart, 3ª - Margarete Andrade (minha irmã), 4ª - Chiquitinha Caetano, 5ª - Marli Andrade (minha irmã), 6ª - ?, 7ª - ?; fila de baixo: 1ª - Marcia Gomes, 2ª - Iracilda Tixa, 3ª - ?, 4ª - Anailda Andrade; a mestra, Maria da Apresentação Davim - Dona Lilia, de quem tenho a grata lembrança como minha primeira professora.

domingo, 25 de julho de 2021

Bento Fernandes / RN - Joaquim Câmara, o primeiro prefeito eleito de Barreto

 Fonte: Jornal Diário de Natal, edição nº 06125, de 07/dez/1959, pág. 10.

 

As primeiras eleições para escolha do prefeito e vereadores da então recém emancipada cidade de Barreto, foram realizadas aos 04/10/1959 e, se enganam aqueles que pesam que o processo ocorreu no clima de paz e amor.

Barreto, que foi emancipada de Taipu aos 31/12/1958, e como de praxe, teve prefeito nomeados até as eleições, viveu momentos tumultuados no período pré-eleição, isso pelo que publicou a impressa da época, conforme transcrição a seguir de matéria do Diário de Natal, publicado aos 19/09/1959, sob o título: “Eleitores Fantasmas” Constatados pelo T.R.E. no Município de Barreto.

“Eleitores Fantasmas” Constatados pelo T.R.E. no Município de Barreto.

Falsificado numerosos documentos para o pleito municipal

Várias irregularidades foram constatadas no alistamento do novo município de Barreto, desmembrado de Taipu, e onde se realizarão eleições no dia 4 de outubro vindouro.

Depois de oferecida a denúncia ao Tribunal Eleitoral, contra o Sr. José Francisco de Souza, mais conhecido por José Igapó, o desembargador João Maria Furtado, corregedor eleitoral, foi até o local constatando a existência de vários eleitores transferidos para Barreto sem que ali residissem, bem como falsificações de documentos, pelo Sr. José Igapó, que possuía um carimbo para alistar seus eleitores.

O desembargador Corregedor fez completo relatório do que observou no município Barreto, esperando-se, agora, que o T.R.E. tome as providências que se fazem necessárias punir o fraudador, que também é candidato a prefeito da localidade.”

As eleições ocorreram na data prevista e parece, pelas notícias da época, que o resultado foi bem apertado, isso porque, no mesmo Diário de Natal, no dia 06/10/1959, dava como vitorioso o PSD, no entanto, o resultado final é anunciado no dia 07/10/1959 com a vitória de Joaquim Câmara, pela UDN. Joaquim Câmara foi diplomado aos 23/01/1960.

Mesmo após a diplomação de Joaquim Câmara o clima político de Barreto continuou tenso, é o que se pode ver pela publicação do Diário de Natal, edição de 25/01/1961, sob o título: “Comissão vai apura irregularidades na criação do município de Barreto”, conforme transcrição a seguir.

Comissão vai apurar irregularidades na criação do município de Barreto

Não haveria número suficiente de eleitores para transformação da vila – poderá ser revogada a lei de criação.

Uma comissão de deputados, entre os quais Angelo Varela e Abelardo Calafange, foi designada para apurar sobre irregularidades com a criação do município de Barreto.

Conforme noticiou o DIÁRIO DE NATAL há algum tempo, o prefeito derrotado na eleição Sr. José Igapó, candidato daquela cidade, falou em solicitar a revogação da lei criando o município de Barreto, alegando várias irregularidades, entre as quais: Não existe número de habitantes suficiente para a elevação do distrito; a lei que elevou a vila a distrito, é posterior à que criou o Município, sendo portanto inconstitucional; A Câmara Municipal de Taipu não teria sido considerada quanto da tramitação do projeto pelo Legislativo.

Agora a situação em Barreto não é das mais normais, razão porque foi solicitada a presença de uma comissão de inquérito, a qual deverá apresentar o resultado dos seus trabalhos no mês de março, quando da convocação extraordinária do Legislativo.

Caso seja constatada, mesmo, as irregularidades apontadas, acredita-se que seria apresentado projeto de revogação à criação de Barreto.”

Em síntese: o primeiro prefeito eleito do município de Barreto, atual Bento Fernandes, foi Joaquim Câmara e, os imbróglios com a emancipação política do Município parece que mais uma briga política local do que animosidades com a antiga sede Taipu.

Quanto a José Francisco de Souza, o Zé Igapó, viria a ser prefeito de Poço Branco no mandato de 31/01/1977 a 31/01/1983.

 Arnaldo Eugenio de Andrade

segunda-feira, 19 de julho de 2021

Otávio Praxedes do Amaral Lisboa e família

Fonte: acervo do Professor Gustavo Praxedes

Foto histórica!

Da esquerda para a direita: Fernando Praxedes, Otávio Praxedes, Otávio Filho (Tavinho), Lurdinha Praxedes, Maria das Dores Soares, Alba Praxedes, Petronila Rodrigues Santiago e João Praxedes.

Dona Petronila Rodrigues Santiago, que era casada com João Praxedes do Amaral Lisboa, foram os pais de um único filho: Otávio Praxedes do Amaral Lisboa.

Dona Petronila era filha de Alexandre Rodrigues Santiago e Maria Joaquina Rodrigues de Paiva; neta, pela parte materna, de Francisco de Paula Paiva e Bernardina Joaquina de Vasconcelos (em alguns registros aparece com o sobrenome Rodrigues de Vasconcellos, em outros, com Lopes de Paiva); tinha um tio com mesmo nome do avô materno, Francisco de Paula Paiva, que foi o primeiro presidente da Intendência de Taipu, escolhido pelo voto direto.

 

sábado, 17 de julho de 2021

Bento Fernandes - Imbróglio na emancipação política de Barreto

 

Fonte: Jornal Diário de Natal, edição de 10/11/1959; disponível em; http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=028711_01&pasta=ano%20195&pesq=&pagfis=6019; acessado em 17/julho/2021.

Bento Fernandes teve sua emancipação política pela Lei nº 2.353, de 31/12/1958, separando-se de Taipu, com o nome, à época, de Barreto.

Não há registros, documental ou por tradição oral, de rixas entre os povos coirmãos motivados pela emancipação de Barreto, independendo-se de Taipu, no entanto, conforme a publicação do Jornal Diário de Natal, edição 06152A, de 10/11/1959, houve imbróglio com o processo da emancipação.

Publicou o Diário de Natal:

“SERÁ PEDIDA A ANULAÇÃO DO MUNICÍPIO DE BARRETO

Câmara Municipal de Taipu não foi ouvida a respeito – Oposição vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal

Alegando que a Câmara Municipal de Taipu não foi ouvida a respeito da criação do município de Barreto, a oposição vai até ao Supremo Tribunal Federal recorrer pedindo anulação da lei que o criou.

Em poder dos responsáveis pelo movimento, acha-se uma declaração de membro da Câmara Municipal de Taipu, confirmando o fato e estes irão solicitar documentos da Assembleia indagando se foi encaminhado ofício de consulta.

CÂMARA AGORA É FAVORÁVEL

Sabedores do que ocorre, os lideres situacionistas se movimentando no sentido de que a Câmara de Taipu se pronuncie, agora, com perspectivas de que seja favorável.

Ignora-se, todavia, se a deliberação será levada em conta pelo Supremo.”

Vale anotar que, nas eleições para prefeitos, realizadas aos 05/01/1958, foram eleitos prefeito e vice prefeito de Taipu, Vicente Ferreira da Cruz e Lídio Fernandes de Oliveira, respectivamente. Lídio, domiciliado em Barreto, assumiu o cargo de vice prefeito de Taipu em março de 1959, pouco tempo após a emancipação política do seu lugar. É provável que Lídio Fernandes de Oliveira tenha liderado o movimento pela emancipação política da, hoje, cidade de Bento Fernandes.

O tanque do Poço do Antônio

                                                           Tanque do Poço do Antônio, crédito Emerson Oliveira                              ...