quarta-feira, 31 de julho de 2024

Família Varela Barca e a descendência Barbalho Bezerra de Taipu

A família VARELA BARCA tem ascendência no casal José Varela Barca e Dona Brites Paes Barreto. O que se sabe do casal provem do testamento deixando pelo filho, o Capitão Manoel Varela Barca, que disse ser natural da Vila do Cabo, na Provincia de Pernambuco, ser filho de José Varela Barca e Brites Paz Barreto, e cita os irmãos, já falecidos à época, José, Rosa Josefa, Maria, Anna e Brites.

Sobre José Varela Barca, nenhuma notícia além das informações deixadas pelo filho Manoel Varela Barca. Sobre Dona Brites Paes Barreto, embora não tenha visto nenhuma prova documental, encontra-se alguns registros como sendo filha do Capitão-mor João Paz Barreto de Mello Neto e Ignez Brites Xavier Barreto, neta pela parte paterna do Capitão-mor Cristovam Paz Barreto e Rosa Maria Wanderley, e pela parte materna, de João Paes Barreto e Maria Maior de Mello e Albuquerque.

Sabe-se que a família teve relevante envolvimento da política do Estado pelas notícias da época, a exemplo do pronunciamento do então Presidente da Provincia do Rio Grande do Norte, o Coronel Estevão:

Em seu discurso pronunciado na abertura da segunda sessão da terceira legislatura da Assembleia Legislativa Provincial, do Rio Grande do Norte, do dia 7 de setembro de 1841, o vice-presidente da Província, coronel Estevão José Barboza de Moura, faz o seguinte relato: dia 13 de dezembro de 1840, se apresentou pelas nove horas da manhã no campo fronteiro à Matriz na qual tinha de celebrar-se o ato de eleição, um concurso de setenta pessoas, mais ou menos, armadas e capitaneadas pelo tenente da extinta segunda linha, José Varella Barca, e por seu irmão Francisco Varella Barca. Por aquela mesma hora teve de seguir para o lugar destinado o destacamento do Corpo Policial, que ali existe, e havia sido requerido pela autoridade competente para guardar e manter o sossego, na forma da lei; e quando passava este em pequena distância do grupo recebeu tiros de mosquetaria; à vista do que o seu digno comandante, o tenente de Polícia José Antonio de Souza Caldas, mandou fazer também fogo contra o inimigo, que então reconheceu, repelindo assim a força, que o guerreava; de cuja luta, que durou por espaço de três quartos de hora, resultou morrer imediatamente o segundo chefe Francisco Varella, e ficar gravemente ferido em um perna o primeiro José Varella; serem baleados um sargento, e um guarda de Polícia, ambos gravemente, uma mulher que chegava à sua porta na ocasião do fogo, e alguns outros do inimigo, ao número de dez ou doze, os quais todos escaparam, menos o infeliz tenente José Varella, que faleceu de um mês de padecimentos.

 

A referência à família Varela Barca também deixou registros nos debates da Câmara Federal entre José Moreira Brandão Castelo Branco e Amaro Carneiro Bezerra Cavalcante:

Quem não sabe que o ex-presidente Ribeiro foi barbaramente assassinado a tiros e facadas, na capital, de dia, e por motivos políticos. Quem não sabe que na cidade do Assú em uma eleição, creio que em 1840, foram assassinados dous irmãos, cidadãos respeitáveis, da família dos Varellas, que eram as influencias do partido nortista naquela cidade; e que foi a força publica empregada pelo lado contrário quem commetteu esses assassinatos. Quem não sabe que o finado José Ignácio de Albuquerque Maranhão, influência do lado nortista, recebeu em sua casa, no Engenho Cunhaú, sete ou oito tiros desfechados por uma força que acompanhava a autoridade policial do lado contrário.

 

A descendência conhecida de José Varela Barca e Dona Brites Paes Barreto pelo filho, o Capitão Manoel Varela Barca, que se radicou na região do Assu, casou-se em três núpcias e deixou uma numerosa prole, conforme segue:

O Capitão Manoel Varela Barca, natural da Vila do Cabo, nasceu por volta do ano de 1759 (visto que faleceu com 91 anos), e faleceu aos 10/09/1850 e foi sepultado da Matriz de São João Batista do Assu; passou a Tenente aos 03/03/1791 e Capitão aos 18/08/1791; casou-se em primeiro matrimônio com Luiza Florência da Silva, filha do Capitão João Ferreira da Silva e de Dona Brites Maria de Melo. Foram os pais de:

F.01 - Manoel Varela Barca Júnior, natural das várzeas de Apodi, sentou praça em 23 de junho de 1806; casou-se na Capela da Utinga, aos 30/10/1817, com Thereza de Jesus Xavier, filha do Capitão Francisco Xavier de Souza II e Dona Bernarda Dantas da Silveira. Foram os pais de:

N.01 - Francisco Xavier Varela Barca, nasceu em outubro de 1820 e foi batizado na Utinga, aos 20/11/1820, sendo seus padrinhos Francisco Xavier de Souza e Bernarda Dantas; casou-se com Josefa Jovina Pimental Varela Barca.

N.02 - Manoel Varela de Souza Barca, nasceu aos 26/01/1822 e foi batizado na Capela da Utinga, sendo padrinhos Francisco Xavier de Souza e Maria Juliana Varela Barca; casou-se na Fazenda Sacramento, freguesia de Santana do Matos do Assu, aos 15/02/1851, com Irene Senhorinha Lins Pimentel, filha de João Pio Lins Pimentel e de sua mulher Francisca Ferreira de Souto. Foram os pais de:

Bn.01 - Maria (I), 02/03/1852 e faleceu aos 19/03/1852 e foi sepultada na Matriz de Assu.

Bn.02 - Maria (II), nasceu aos 23/11/1863 e foi batizada na Fazendo Itu, freguesia de Santana do Matos, aos 16/01/1864, sendo padrinhos o Comandante superior Manoel de Melo Montenegro Pessoa e sua mulher Maria Beatriz Paes Barreto.

Encontrei ainda, de Manoel Varela de Souza Barca, que julgo ser o mesmo filho de Manoel Varela Barca Júnior e de Thereza de Jesus Xavier, descendência com Ignácia Tavares da Silva, provavelmente, sua segunda esposa. Pais de:

Bn.03 - Eneas Varela de Souza Barca, natural do Assu, casou-se com Maria Irias de Oliveira Barca, natural de Macaíba, filha de Salvador de Oliveira Cid e Maria Magdalena de Oliveira Cid. Foram os pais de:

Tn.01 - Natércia Varela, nasceu em Ceará Mirim por volta do ano de 1886 e faleceu em Natal aos 03/07/1959. Solteira.

Tn.02 - Alcides Varela Cid, nasceu em Ceará Mirim aos 26/09/1890 e faleceu em Natal aos 20/06/1977. Casado.

Tn.03 - Anna Pureza Varela, nasceu em Ceará Mirim a 01/07/1894.

Tn.04 - Luiz de França Varela Cid, nasceu em Ceará Mirim aos 18/121896.

Tn.05 - Manoel Nazareno Varela, nasceu aos 20/04/1898 e foi batizado na freguesia de Ceará Mirim em julho de 1898, sendo padrinhos João Evangelista Cid e Isabel Augusta Varela Pereira; casou-se em Natal aos 12/02/1920, com Clara Silveira Pinto.

Tn.06 - Júlia Cândida de Oliveira Barca, natural de Ceará Mirim, nasceu aos 10/05/1899; faleceu em Natal, aos 19/10/1954. Solteira.

N.03 - Tenente coronel José Varela de Souza Barca, nasceu aos 19/03/1823 e foi batizado na Capela da Utinga, sendo seus padrinhos Francisco Teixeira de Araújo e sua mulher Isabel Duarte de Araújo; casou-se com Antônia da Rocha Bezerra Cavalcanti. Foram os pais de:

Bn.04 - Vital Varela Barca, nasceu aos 23/05/1858 e foi batizado na Capela da Utinga, aos 23/05/1858, sendo padrinhos o Coronel Felippe Bezerra Cavalcanti Rocha por procurador o Tenente José Dantas Correa, e Josefa Maria Cavalcanti; casou-se no Rio de Janeiro, aos 04/06/1896, com Eulália de Freitas, filha de Erothides Magno de Freitas e de Josephina Guedes de Andrade.

Bn.05 - Manoel Varela de Souza, aos 04/11/1859 e foi batizado no Olha d’Água, freguesia de São Gonçalo, em oratório privado, aos 08/12/1859, sendo seus padrinhos João Manoel Silvestre Bezerra Cavalcanti e Marcolina Bernardina Bezerra; casou-se no 01/12/1906, em Santo Antônio, freguesia de São Gonçalo, com Maria Bezerra Cavalcanti, filha de Euzébio Bezerra Cavalcanti e Antônia Narcisa Bezerra Cavalcanti.

Bn.06 - Thereza, nasceu aos 22/02/1863 e foi batizada na Utinga, aos 27/02/1863, sendo padrinhos Manoel Varela de Souza Barca e Maria (?) (?).

Bn.07 - Luiz Varela de Souza Barca, natural de São Gonçalo, nasceu aos 24/11/1864 e foi batizado na Capela da Utinga aos 26/11/1864, sendo seus padrinhos o Major Francisco Bezerra Cavalcanti e Maria Bezerra Cavalcanti; faleceu em Natal aos 03/01/1957 e foi sepultado no Cemitério do Alecrim, na dita cidade de Natal; casou-se aos 24/02/1900, em Santo Estevam dos Barreiros, freguesia de São Gonçalo, com Judithe Bezerra Cavalcanti, filha de Euzébio Bezerra Cavalcanti e Antônia Narcisa Bezerra Cavalcanti. Foram os pais de:

Tn.07 - Maria José Varela Barca, nasceu por volta do ano de 1926 e faleceu em Currais Novos aos 09/03/1952. Solteira

Bn.08 - Maria da Glória Rocha Varela, nasceu por volta do ano de 1969; faleceu em Currais Novos, aos 31/12/1966.

Bn.09 - Maria Bezerra Varela Coelho, nasceu aos 27/08/1870 e foi batizada e foi batizado na Capela da Utinga, aos 07/10/1870, sendo seus padrinhos Antônio da Rocha Cavalcanti e Anna Pedrosa Bezerra Cavalcanti; faleceu na cidade de Currais Novos aos 06/05/1948.

Bn.10 - Maria das Dores Varela Correa, nasceu ao 01/10/1871 e foi batizada na Capela da Utinga, aos 10/10/1871, sendo seus padrinhos Manoel de Melo Montenegro Pessoa e Josefa Maria Bezerra Cavalcanti; faleceu em Ceará Mirim, em consequência de complicações de partos 18/11/1899; foi casada com o Major Pedro Correa de Oliveira, filho de Lourenço José Correa e de Idalina Jacintha de Oliveira Correa.  O Major Pedro Correa e Maria das Dores foram os pais de:

Tn.08 - Vital Varela de Oliveira Correa, nasceu no ano de 1895.

Tn.09 - Maria da Conceição Varela Correa, nasceu no ano de 1898.

Tn.10 - Maria Luísa Varela Correa, nasceu aos 18/11/1899.

Bn.11 - Maria Fausta da Rocha Varela, casou-se aos 17/03/1888, em oratório privado, na freguesia de Macaíba (?), com Sebastião da Costa Pereira. Viúvo por falecimento Ana Augusta da Costa Pereira.

Bn.12 - Arthur Varela Barca, faleceu em Natal aos 02/06/1943, sendo sepultado no Cemitério do Alecrim; foi casado com Marcolina Nunes Varela Barca, falecida no Rio de Janeiro aos 29/06/1969, filha de João Nunes de Queiroz e de Eudócia Nunes de Queiroz. Foram os pais de:

Tn.11 - José Varela Barca, nasceu por volta do ano de 1909 e faleceu no Rio de Janeiro / RJ, aos 09/04/1973; era casado com Laurinda Maciel Barca.

Tn.12 - Alzira Varela Barca, natural do Estado do Pará, nasceu aos 14/07/1911; casou-se no Rio de Janeiro / RJ, aos 26/05/1937, com João do Rego Medeiros Filho, filho de João do Rego Medeiros e [] Barca de Medeiros.

Tn.13 - Waldemar Varela Barca, nasceu em Natal aos 20/08/1912 e foi batizado na Matriz aos 25/04/1914, sendo padrinhos Ovídio Pereira e Maria Dolores Câmara.

Tn.14 - Arthur Varela Barca Filho, nasceu em Natal aos 23/10/1913.

Tn.15 - Lourival Varela Barca, nasceu em Natal os 28/12/1913 – Aqui percebe-se um erro entre os registros de nascimento de Arthur e Lourival, registrados com intervalo de tempo inferior a 9 meses.

Tn.16 - Maria de Lourdes Varela Barca, nasceu em Natal aos 29/11/1916 e faleceu no Rio de Janeiro / RJ, aos 14/10/2001; viúva de Carlos Leite de Azevedo.

Tn.17 - Edith Varela Barca, nasceu em Natal aos 05/07/1918.

Tn.18 - Oscar Varela Barca, nasceu em Natal aos 20/09/1919.

Tn.19 - Rosemiro Varela Barca, nasceu em Natal aos 07/05/1923 e faleceu em Natal aos 05/09/1941.

Tn.20- Ruy Varela Barca, nasceu em Natal aos 31/03/1926.

Bn.13 - Gonçalo.

N.04 - Luíza de Jesus Xavier, nasceu na Utinga e foi batizada aos 29/10/1819; casou-se com João Gomes Freire, filho de Theodósio Freire de Amorim e de Dona Sebastiana Dantas Xavier, irmã de Thereza de Jesus Xavier, esposa de Manoel Varela Barca Junior.

F.02 - Maria Juliana de Melo, faleceu antes 1835; casou-se com Francisco de Souza Caldas, filho, provavelmente, de João de Souza Pimentel e Josefa Wanderley de Mendonça. Maria Juliana e Francisco caldas foram os pais de:

N.05 - Major Francisco Justiniano Lins Caldas, natural do Assu, nasceu por volta do ano de 1820 e faleceu na dita cidade do Assu, onde residia, aos 24/12/1884; casado com Maria Gorgónia de Holanda Wandeley. Foram os pais de:

Bn.14 - Tenente Ulisses Olegário Lins Caldas, nasceu em Assu, aos 05/05/1846 e foi batizado aos 16/05/1846, sendo os padrinhos o Major Manoel Lins Caldas e Delfina Francisca Senhorinha Wanderley; faleceu lutando na Guerra do Paraguai, pelo 29º Corpo de Voluntários da Pátria, aos 07/09/1866; foi homenageado com nome de rua em Natal, onde está o prédio da prefeitura de Natal:

No prolongamento da rua D. Pedro I, tem início a partir da rua da Conceição, a rua Ulisses Caldas, que seguindo em direção ao nascente termina na avenida Deodoro. Daí para frente, surge a rua Mossoró, que é um prolongamento da Ulisses Caldas.

Esta, originalmente era conhecida como a “Travessa do Correio de Natal”. O decreto Municipal de 13 de fevereiro de 1888, determinou a substituição daquele primitivo topônimo, para a rua Ulisses Caldas, e assim, permaneceu até os dias atuais. (Jeanne Fonseca, 2020, P[ag. 59).

 

Bn.15 - Tenente coronel Justiniano Lins Caldas, natural do Assu, nasceu no ano de 1857; casou-se em Caraúbas, aos 05/10/1915, com Maria da Penha Alves de Souza, filha de José Alexandre de Souza e de Maria Bezerra Alves de Souza.

Tn.21 - Justiniano Lins Caldas Filho, natural do Assu, nasceu por volta do ano de 1894 e faleceu em Natal, aos 18/06/1961.

Tn.22 - Maria, nasceu aos 08/12/1918 e foi batizada no Sítio Olho d’Água, freguesia do Assu, aos 09/08/1918, sendo padrinhos Nossa Senhora e Manoel da Câmara Caldas.

Tn.23 - Maria Augusta Caldas Lima, natural de Assu, professora, nasceu aos 29/03/1921 e faleceu na mesma cidade aos 15/11/2014; casada com Euclides Felix de Lima.

Tn.24 - José da Penha Souza Caldas, natural do Assu, nasceu aos 14/06/1922, faleceu em Natal aos 09/12/2015 e foi sepultado no Cemitério Parque da Passagem, em são Gonçalo do Amarante; casado com Marina Barros de Souza.

Tn.25 - Antônio de Pádua de Souza Caldas, nasceu por volta do ano de 1924 e faleceu na cidade de Nova Iguaçu, do Estado do Rio de Janeiro, ao s07/05/1997.

Tn.26 - Francisca das Chagas de Souza Caldas, nasceu por volta do ano de 1925 e faleceu no Sítio Olho d’Água, do município do Assu, onde residia, aos 28/02/1950. Casada.

Bn.16 - Maria Ernedina Caldas de Amorim, nasceu por volta do ano de 1859 e faleceu em Assu, aos 09/04/1951.

Bn.17 - Jose Percival Lins Caldas, natural do Assu, nasceu por volta do ano de 1865, e faleceu em Assu, onde foi sepultado, vítima da tuberculose, aos 18/04/1885. Solteiro.

Bn.18 - Ulisses Olegário da Conceição Caldas, nasceu por volta do ano de 1867 e faleceu aos 25/02/1884, 17 anos, 3 meses e 16 dias.

N.06 - Maria, nasceu aos 21/06/1832 e foi batizada na Matriz de São João Batista do Assu, aos 02/09/1832, sendo padrinhos Feliz Nobre de Medeiros, casado, e Maria Genoveva Lins Caldas, casada, por procuração sua que apresentou Rosa Francisca Ferreira Souto.

N.07 - Manoel Linz Caldas, casou-se com Umbelina Maria de Assumpção Wanderley.

N.08 - Maria Genoveva Linz Caldas, casou-se com Felis Nobre de Medeiros. Foram os pais de:

Bn.19 - Cândida Augusta Caldas da Fonseca, natural de Assu, nasceu por volta do ano de 1853, faleceu em Natal aos 05/08/1946 e foi sepultada no Cemitério do Alecrim, na dita cidade de Natal; era casada com João Vicente da Fonseca. Foram os pais de:

Tn.27 – Dr. Ernesto Emílio da Fonseca, natural do Assu, nasceu por volta do ano de 1885 e faleceu em Natal, onde foi sepultado, aos 27/09/1961.

Tn.28 - Samuel Fonseca, comerciante, nasceu por volta do ano de 1887 e faleceu em Natal, onde foi sepultado, aos 15/01/1939.

N.09 - Luíza Leopoldina da Silva Caldas, casou-se com Felis Francisco da Silva. Foram os pais de:

Bn.20 - Elviro, nasceu aos 13/04/1841 e foi batizado na Matriz de Campo Grande, aos 15/05/1841, sendo seus padrinhos o Reverendo Florêncio Gomes de Oliveira e a Gloriosa Senhora Santa Ana.

N.10 - Luiz Lucas Lins Caldas, casou-se com Maria Francisca Lins Pimentel (ou Maria Francisca Caldas). Foram os pais de:

Bn.21 - Maria Amélia Lins Caldas, natural de Santana do Matos, nasceu por volta do ano de 1863 e casou-se no Sítio Piedade, do distrito de Santana do Matos, aos 05/05/1893, com Ovídio de Melo Montenegro Pessoa, filho de Manoel de Melo Montenegro Pessoa e de Maria Beatriz Paes Barreto.

Bn.22 - Virgínia Virgília Lins Caldas, natural de Santana do Matos, nasceu por volta do ano de 1865 e faleceu em Ipanguassu, distrito da dita Santana do Matos, à época, aos 13/10/1945. Solteira

Bn.23 - Francisco Augusto Lins Caldas, casou-se no Sítio Barra, freguesia de Assu, aos 27/05/1909, com sua sobrinha Josefa Josina Lins Caldas, filha de Luiz Lucas Lins Calda e de Tereza Lins Caldas.

Bn.24 - Luiz Lucas Lins Caldas, casou-se com Thereza de Jesus Varela Barca. Foram os pais de:

Tn.29 - Tereza de Jesus Lins Calda, casou-se no Sítio Barra, freguesia de Assu, aos 27/051909, com João de Macedo, viúvo por falecimento Ana Angélica de Araújo Amorim.

Tn.30 - Josefa Josina Lins Caldas, casou-se com o tio Francisco Augusto Lins caldas, citado nos filhos de Luiz Lucas Lins Calda e de Maria Francisca Lins Pimentel.

N.11 - Tertuliano de Alustau Lins Caldas, casou-se com Francisca Victorina (ou Carolina) Filgueira Caldas, filha de João Pio Lins Pimentel e de Francisca Ferreira Souto. Foram os pais de:

Bn.25 - José Olympio Lins Caldas, nasceu por volta do ano de 1867 e faleceu na cidade do Assu, onde foi sepultado, aos 28/12/1889.

Tertuliano de Alustau Lins Caldas, aparece também, com Maria Xavier Caldas como os pais de:

Bn.26 - Maria Cândida Lins Caldas, nasceu por volta do ano de 1865 e faleceu na cidade do Assu, aos 03/03/1941; casada com João Soares Filgueira Sobrinho, nascido por volta do ano de 1858 e falecido na cidade do Assu, aos 13/08/1946, filho de Francisco Soares de Filgueira e de Rosa Maria do Amor Divino. Foram os pais de:

Tn.31 - Manoel Soares Filgueira, nasceu aos 11/11/1863 e faleceu aos 18/04/1949; casou-se no Sítio Monte Cristo do Piató, freguesia do Assu, aos 29/11/1893, com Maria Leopoldina Lins Calda.

Tn.32 - José Apolinário Soares, natural do Assu, nasceu por volta do ano de 1906, faleceu em Natal aos 16/05/1982 e foi sepultado em Assu; casou-se com Elita Lima Soares.

Tn.33 - Francisco Thomé Soares, nasceu aos 21/12/1886 e foi batizado no Sítio Monte Alegre, à margem da Lagoa Piató, freguesia do Assu, aos 07/01/1887, sendo seus padrinhos Francisco Soares Filgueira e Francisca Carolina Filgueira Calda; casou-se aos 02/08/1913, com Rosilda Rodrigues Bezerra, filha do Capitão Pantaliam Bezerra e de Ana Rodrigues Teixeira de Carvalho.

Tn.34 - José Soares Filgueira Sobrinho, casou-se aos 16/07/1890, na Capela da povoação de São Rafael, com Ana Amélia Soares.

Tn.35 - Tertuliano Soares, nasceu aos 28/04/1893 e foi batizado no Sítio Piató, freguesia do Assu, aos 05/09/1893; casou-se na cidade de Macau, aos 27/05/1917, com Maria Emília Catunda, filha de Bertholdo Albino de Souza e de Cândida Guerreiro de Souza.

Tn.36 - Cecília Cândida Soares, nasceu aos 22/11/1896 e foi batizada no Sítio Piató, freguesia do Assu, aos 21/06/1897, sendo padrinhos Francisco Soares Filgueira Filho e Rita Suzana Filgueira Caldas; casou-se com Samuel Sandoval da Fonseca.

Tn.37 - Milton Soares Filgueira, natural do Assu, nasceu aos 05/04/1908 e faleceu em Natal aos 27/09/2004; casou-se com Antônia Sizalpina Soares.

Tn.38 - João Soares Filgueira Filho, casou-se com Celimari Abrechand Filgueira.

Tn.39 - José Soares Filgueira Sobrinho, casou-se aos 16/07/1890, na Capela da povoação de São Rafael, com Ana Amélia Soares.

F.03 - José Varela Barca, pai de:

N.12 - Maria Clara da Purificação, nasceu por volta do ano de 1820; casou-se a 01/02/1835, na Matriz de São João Batista do Assu, com Manoel Tavares da Silva, com 20 anos de idade, filho de Manoel Tavares da Silva e de Joana Quitéria. No assento de casamento, que teve como testemunhas Domingos Varela Barca, casado, e João Carlos Wanderley, solteiro, a nubente aparece como filha natural de Clara Francisca Bezerra. Foram os pais de:

Bn.27 - Francisco, nasceu aos 20/03/1847 e foi batizado na Fazenda Sacramento), freguesia de Santana do Matos, aos 15/04/1847, foi padrinho Francisco Xavier Varela Barca (não consta a madrinha no assento de batismo).

N.13 - José.

N.14 - Manoel.

N.15 - Luzia.

N.16 - Maria.

F.04 - Francisco Varella Barca, nasceu no ano de 1785 e faleceu aos 13/12/1840; casou-se em Santana do Matos, no ano de 1813, com Senhorinha Lins Caldas, nascida no ano de 1792, falecida em 1860. Foram os pais de:

N.17 - Maria Senhorinha Varela Barca, faleceu em Ceará Mirim aos 21/04/1899; casou-se na Fazenda Pocinhos, Freguesia de Santana do Matos, aos 09/04/1842, com Antônio Barbalho Bezerra Júnior, filho de Antônio Barbalho Bezerra e de Ignácia Barbalho Bezerra. Dona Maria Senhorinha e Antônio Barbalho, tronco genealógico da família BARBALHO BEZERRA de Taipu, foram os pais de:

Bn.28 - Octaviano Barbalho Bezerra, nasceu aos 07/09/1847 e foi batizado no Sítio Pocinhos, freguesia de Santana dos Matos, aos 29/09/1847, foram padrinhos Antônio Sebastião da Silva Leite e Maria Quitéria Barbalho Bezerra; casou-se religiosamente em Ceará Mirim, aos 24/06/1878, com Felícia Militana da Costa, filha de Luiz Pereira da Costa, português de Coimbra, e Joaquina Pereira da Costa. Octaviano residia e era comerciante em Capela, do município de Ceará Mirim, transferindo-se para o povoado de Marizeira, (Marizeira do Norte), Taipu, onde a família enraizou-se. Não foi possível precisar o ano em que ocorreu a transferência de domicílio de Capela para Marizeira, entretanto, os primeiros registros de Dona Felícia como membro da Associação das Almas do Purgatório da Paroquia de Nossa Senhora do Livramento do Taipu, datam do ano de 1919. Foram os pais de:

Tn.40 - Eufrásio, nasceu aos 25/12/1879 e foi batizado na matriz de Ceará Mirim aos 24/12/1879; faleceu aos três meses de idade.

Tn.41 - Francisco Barbalho Bezerra, nasceu por volt do ano de 1881 e faleceu no lugar Umari, Taipu, aos 29/10/1940; casou-se em Taipu, aos 20/12/1917, com Luíza Olívia de França, nascida no ano de 1884, filha de Miguel Joaquim

Tn.42 - João Barbalho Bezerra, nasceu aos 11/06/1883, foi batizado aos 22/08/1883; faleceu em Natal aos 13/07/1943.

Tn.43 - Júlio Barbalho Bezerra, nasceu aos 04/04/1886 e foi batizado aos 11/06/1886.

Tn.44 - Maria Anunciada Barbalho Bezerra, nasceu por volta do ano de 1887, casada, em Taipu, aos 27/02/1907, com Francisco de Assis Rocha, nascido no ano de 1855, viúvo, filho de Simão Barbosa da Rocha e Maria Joaquina do Amor Divino.

Tn.45 - Antônio Barbalho Bezerra, nasceu no lugar Capela, Ceará Mirim, aos 27/07/1889 e faleceu no mesmo lugar, aos 13/08/1889.

Tn.46 - Manoel nasceu aos 07/10/1890 e foi batizado a 01/11/1890, sendo padrinhos Antônio Pereira da Costa e Firmina Amélia Pereira da Costa.

Tn.47 - Maria das Dores Barbalho, natural de Ceará Mirim, nasceu por volta do ano de 1893 e faleceu em Natal aos 22/08/1978. Casada.

Bn.29 - Luiz Barbalho Bezerra, nasceu aos 08/12/1844, foi batizado aos 05/01/1845, sendo seus padrinhos Luiz Antônio Ferreira Souto e sua mulher Anna Jacintha Bezerra.

Bn.30 - Alferes Manoel Barbalho Bezerra, nasceu aos 20/03/1846 e foi batizado na Matriz do Assu, aos 09/06/1846, sendo seus padrinhos o Reverendo Elias Barbalho Bezerra e Francisca Tibúcio Victória Caldas. Foi morto em campanha e, por tal, a sua mãe passou a receber pensão mensal, a partir de 1867.

Bn.31 - Antônio Joaquim Barbalho Bezerra, nasceu aos 12/01/1850, foi batizado no Sítio Pocinhos, freguesia de Santana do Matos aos 27/03/1850 sendo seus padrinhos Francisco Barbalho Bezerra e Francisca Theodósia Wanderley e faleceu no lugar Umari, em Taipu, onde residia, aos 22/02/1922; casou-se em Ceará Mirim, aos 27/10/1874, com Rosalina Maria do Espírito Santo, nascida por volta do ano 1854 e falecida no dito lugar Umari, aos 23/06/1931, filha de Venâncio Alves do Nascimento e Joaquina Maria da Conceição. Antônio Joaquim Barbalho Bezerra e Dona Rosalina Maria da Espirito Santo. Foram os pais de:

Tn.48 - Maria Barbalho Bezerra (Soares Barbalho), nasceu aos 26/05/1877 e foi batizada na Matriz de Ceará Mirim aos 14/08/1877, sendo padrinhos Francisco Varela Barca e Maria Senhorinha Varela Barca; faleceu em Taipu, aos 10/01/1959; casou-se em Ceará Mirim, aos 07/06/1897, com Francisco Soares da Silva, natural de Taipu, filho de João Soares da Silva e Romualda Brasilina de Souza.

Tn.49 - Manoel Barbalho Bezerra, nasceu por volta do ano de 1880, faleceu lugar Umari, Taipu, aos 03/07/1954.

Tn.50 - Francisco nasceu aos 05/02/1883, foi batizado na Matriz de Ceará Mirim, aos 29/04/1883, sendo padrinhos Marcelino Freire de Gouvea Melo e Maria Amelia Pessoa de Melo.

Tn.51 - Francisca Barbalho Bezerra, nasceu em Taipu aos 02/02/1885.

Tn.52 - Luiz Barbalho Bezerra, nasceu em Taipu aos 09/04/1887, faleceu no lugar Umari, Taipu, aos 06/09/1956.

Tn.53 - Antônio Barbalho Bezerra, natural de Taipu, nasceu por volta do ano de 1888 e faleceu no lugar Umari, Taipu, aos 20/06/1959; casou-se em Taipu, aos 30/11/1915, com Maria Joana de Melo, natural de Taipu, nascida no ano de 1874, filha de Antônio Luiz de Mello e Joana Maria de Mello.

Tn.54 - Maria Barbalho Bezerra, nasceu no lugar Duas Passagens, Taipu, aos 29/12/1896.

Tn.55 - Júlia Barbalho Bezerra, nasceu no lugar Duas Passagens, Taipu, aos 30/12/1898.

Bn.32 - Francisca Senhorinha Barbalho Bezerra, casou-se aos no Sítio Pocinhos, freguesia de Santana do Matos, aos 20/08/1861, com José Antônio Ferreira Souto, filho de Francisco Antônio Ferreira Souto e de Anna Simplícia de Nazareth.

Bn.33 - Justino Sereno Barbalho Bezerra, casou-se em Ceará Mirim, aos 06/02/1883, com Mariana Júlia Pereira da Costa, filha de Luiz Pereira da Costa e Joaquina Pereira da Costa, tendo a contratante apresentado a competente licença da Juíza de órfãos por ser menor de vinte anos de idade. Mariana Júlia e Felícia, esposa de Octaviano, eram irmãs. O casal Justino Sereno e Maria Júlia, que eram moradores do lugar Urtiga, próxima às Duas Passagens, em Taipu, foram os pais de:

Tn.56 - Maria das Dores Barbalho Bezerra, nasceu aos 04/02/1887 e foi batizada na Matriz de Ceará Mirim aos 17/02/1887, sendo padrinhos Octaviano Barbalho Bezerra e sua mulher Felícia Pereira Barbalho Bezerra; faleceu no lugar Duas Passagens, Taipu, a 01/09/1889.

Tn.57 - Elias Caetano Barbalho Bezerra, nasceu no lugar Duas Passagens, Taipu, aos 07/08/1890.

Tn.58 - Antônio Barbalho Bezerra, nasceu no ano de 1891 e faleceu no lugar Duas Passagens, aos 26/12/1911, sendo sepultado na Vila de Taipu. Solteiro.

Tn.59 - Epifhânio Barbalho Bezerra, nasceu no lugar Duas Passagens, Taipu, aos 07/04/1892 e foi batizado na Matriz de Ceará Mirim aos 28/05/1892, sendo madrinha Josefa Maria Cavalcante Rocha (não costa o nome do padrinho no assento de batismo); faleceu aos 06/08/1905.

Tn.60 - Luiz Porfírio Barbalho Bezerra, nasceu no lugar Duas Passagens, Taipu, aos 16/02/1894 e foi batizado na Matriz de Ceará Mirim, aos 23/10/1894, sendo padrinhos Antônio Barbalho Bezerra e Maria Leonor Barbalho Bezerra.

Tn.61 - Alípio Barbalho Bezerra, nasceu no dia 15/08/1895 e foi batizado na Matriz de Ceará Mirim aos 05/12/1895, sendo padrinhos Antônio de Carvalho Souza e Ana Maria de Carvalho; faleceu aos 16/05/1909.

Tn.62 - João Carlos Barbalho Bezerra, nasceu no lugar Duas Passagens – Taipu, aos 04/11/1897, faleceu ainda criança.

Tn.63 - Elviro Barbalho Bezerra, nasceu no lugar Duas Passagens, Taipu, aos 30/01/1899, casou-se na Matriz de Ceará Mirim, aos 14/12/1923, com Antônia de França Sá Bezerra, filha de Luiz de França Sá Bezerra e Tereza Maria de Melo; faleceu em Natal aos 14/11/1986.

Tn.64 - João Nepomuceno Barbalho Bezerra, nasceu no ano de 1902 e faleceu no lugar Duas Passagens, Taipu, aos 14/04/1903.

Tn.65 - Maria Paulina Barbalho Bezerra (Dona Sinhá), nasceu no lugar Duas Passagens, Taipu, aos 29/06/1903 e faleceu em Ceará Mirim aos 27/03/1995; casou-se em Taipu, aos 02/07/1921, com Pedro Fernandes de Oliveira (Pedro Branco), nascido aos 31/01/1885, na Freguesia de São Gonçalo e falecido em Ceará Mirim aos 21/08/1964, filho de José Fernandes de Oliveira e Maria Joaquina da Conceição.

Dona Sinha e Pedro Fernandes são os avós maternos do autor deste trabalho.

Tn.66 - Justino Barbalho Bezerra, nasceu em Duas Passagens, Taipu, aos 16/12/1905.

Tn.67 - Maria, nasceu a0s 06/07/1909 e foi batizada na Matriz de Ceará Mirim aos 21/09/1909, sendo padrinhos Vital de Oliveira Correa e Maria Francisca de Oliveira Correa.

Tn.68 - Maria Amélia Barbalho Bezerra, nasceu aos 22/08/1916; casou-se na Matriz de Ceará Mirim aos 23/11/1918, com João de França de Sá Bezerra, filho de Luiz de França de Sá e de Thereza Maria de Melo.

Bn.34 - Elias, nasceu aos 22/01/1852, foi batizado no Sítio Pocinhos, freguesia de Santana do Matos, aos 27/11/11852, foram padrinhos Antônio Francisco da Silva e Juvência Firma Barbalho Bezerra.

Bn.35 - Maria Barbalho de Oliveira Câmara (Maria Senhorinha de Oliveira Câmara), faleceu em Taipu aos 12/04/1932; casada com Silvino Raposo de Oliveira Câmara, que foi o 2º presidente da Intendência de Taipu.

Tn.69 - Luiz Silvino Raposo da Câmara, nasceu no ano de 1883, faleceu em Taipu, aos 11/12/1907. Solteiro

Tn.70 - Joaquim, nasceu aos 02/03/1885 e foi batizado na Matriz de Ceará Mirim aos 10/05/1885, foi padrinho Padre (ou Pedro?) Joaquim Francisco de Vasconcelos.

Tn.71 - Maria, faleceu em Ceará Mirim aos 07/10/1891 com doze dias de vida.

Tn.72 - Maria Luiza Câmara, foi declarante do falecimento da mãe.

Bn.36 - João Tolentino Varela Barca, casou-se na fazenda Itu(?), freguesia de Santana do Matos do Assu, aos 10/10/1842, com Maria Theodória Varela Barca, filha de Domingos Varela Barca e de sua mulher Gertrudes Lins Pimentel.

N.18 - Maria, nasceu aos 08/03/1833 e foi batizada na Matriz de São João Batista da Assu, a 21/04/1833, sendo padrinhos Domingos Varela Barca e Gertrudes Lins, casados.

N.19 - Ernesto, nasceu aos 10/06/1834 e foi batizado na Igreja de São João Batista do Assu, aos 24/06/1834, sendo os padrinhos José Varela Barca, solteiro, e Josefa Theodósia Mendonça, casada

N.20 - Josefa Leonira Lins Caldas, nasceu aos 08/10/1835 e foi batizada na matriz de São João Batista do Assu, aos 08/12/1835, sendo padrinhos José Varela Barca, solteiro, e Maria Genoveva Lins Calda; casou-se na Fazenda Céu (?), freguesia de São João Batista do Açu, aos 18/07/1862, com Eneas Francisco Fernandes Caldas, filho de Feliz Francisco da Silva e de Luzia Leopoldina Lins Caldas.

N.22 - Francisco, nasceu aos 13/10/1836 e foi batizado na Igreja de São João Batista do Assu, aos 07/11/11826, sendo padrinhos José Varela Barca, solteiro, e Ignácia Teodora Lins (?), casada.

N.23 - João Tolentino Varela Barca, casou-se na Fazenda Itu, aos 10/10/1842, com sua prima legítima Maria Theodorica Varela Barca, filha de Domingos Varela Barca e de Gertrudes Lins Pimentel. Foram os pais de:

N.24 - José

N.25 - Luiza Maria

N.26 - Manoel Varela Barca

N.27 - Pio Pierres Varela Barca.

N.28 - Senhorinha, casou-se com Luiz Felis da Silva.

O Capitão Manoel Varela Barca casou-se em segundo matrimônio, com Francisca Ferreira Souto. Foram os pais de:

F.05 - Domingos Varela Barca, nasceu por volta do ano de 1803; casou-se na Fazenda Estreito, aos 09/04/1823, com Dona Gertrudes Lins Pimentel, 22 anos, filha de João de Souza Pimentel e Dona Josefa de Mendonça Lins. Houve dispensa pelo parentesco em que estavam ligados. Foram os pais de:

N.29 - Francisca Ursulina Lins Souto, nasceu a 01/11/1830 e foi batizada na matriz do Assu, aos 21/11/1830, sendo seus padrinhos Manoel Varela Barca Júnior e Maria Beatriz Pua Barreto; casou-se na Fazenda Itu, freguesia de Santana do Matos do Assu, aos 21/08/1850, com Manoel Barbosa de Lima, filho de Antônio Figueredo Galvão e de sua mulher Ana Joaquina de Arruda Câmara.

N.30 - Josepha de Mendonça Lins Caldas, nasceu por volta do ano de 1833 e faleceu em Recife aos 15/12/1908; casou-se na freguesia de Santana do Matos, aos 29/02/1852, com Joaquim José de Arruda Câmara. Foram os pais de:

Bn.37 - Luiz de Arruda Lins Caldas, nasceu no ano de 1848.

Bn.38 - Anna Maria Linz Caldas, nasceu no ano de 1850.

Bn.39 - Joao Lins Caldas, nasceu no ano de 1852

Bn.40 - Maria Lins Caldas, nasceu no ano de 1854.

Bn.41 - Manoel de Arruda Caldas, nasceu no ano de 1855; casou-se em Macau, aos 14/08/1902, com Maria Angélica Bezerra de Arruda, filha de Manoel Bezerra do Nascimento e de Maria Magdalena da Conceição

Bn.42 - José Julião Lins Caldas, nasceu no ano de 1857.

Bn.43 - Antônio de Arruda Lins Caldas, nasceu no ano de 1859.

Bn.44 - Joaquim Lins Caldas, nasceu no ano de 1862.

Bn.45 - Rosa Amélia Lins Caldas, nasceu aos 30/12/1863 e foi batizada no Sítio (?), da freguesia de Santana do Matos, aos 18/01/1864, sendo padrinhos João Severiano Correa Barbosa, casado, e Antônia Francisca de Figueredo, solteira

Bn.46 - João de Deus Lins Caldas, nasceu no ano de 1864.

Bn.47 - Rosa de Lima Lins caldas, nasceu no ano de 1872

Bn.48 - Emigdio Lins caldas, nasceu no ano de 1877.

Bn.49 - Paulino Lins Caldas, nasceu no ano de 1878.

Vicente Saraiva de Araújo e de sua mulher Isabel Saraiva Monteiro.

N.31 - José Domingos Varela Barca, casou-se com Guilhermina Jenoveva Siqueira Bacellar, falecida na cidade do Assu, aos 48 anos de idade, aos 02/07/1874. Foram os pais de:

Bn.50 - Maria, nasceu aos 24/04/1863 e foi batizada na Matriz do Assu, aos 04/05/1863, sendo seus padrinhos João Feliz Pereira da Costa e Maria Benigna Brasilina, por procuração que apresentou Maria Ernestina de Oliveira Monteiro.

N.32 - Maria, nasceu aos 29/12/1835 e foi batizada na matriz de São João Batista do Assu, aos 20/03/1836, sendo Padrinhos João Pio Lins Pimentel e sua mulher Francisca Ferreira de Souto; faleceu aos 14/08/1835 e foi sepultada na dita Matriz de São João Batista.

N.33 - Maria Juvência Lins Varela Barca, casou-se na freguesia de Santana do Matos, aos 24/04/1853, com Antônio Felippe de Siqueira Montalvão, filho de João Pegado de Siqueira Cortez e de Rosa Siqueira Bacellar. Foram os pais de:

Bn.51 - Antônio Felipe de Siqueira Montalvão, nasceu por volta do ano de 1855 e faleceu em Recife aos 05/05/1851; casada com Matilde Maria de Siqueira Montalvão, filha de Floriana de Matos. Foram os pais de:

Tn.73 - Manoel Cyriaco de Siqueira Montalvão, nasceu em Recife aos 10/08/1894.

Bn.52 - Cândida, nasceu aos 04/09/1865 e foi batizada na Matriz do Assu, a 01/011866, sendo padrinhos Francisco Caraciole de Siqueira Bacellar e Maria Joaquina Jacinta de Souza.

N.34 - Maria Gertrudes Lins Varela Barca.

N.35 - Maria Theodora Varela Barca, casou-se na Fazenda Itu, aos 10/10/1842, com seu primo legítima com João Tolentino Varela Barca, citado nos filhos de Francisco Varela Barca e Senhorinha Lins Caldas.

Maria Theodora Varela Barca, viúva de João Tolentino Varela Barca, casou-se na fazenda Itu, freguesia de Santana do Matos do Assu, a 01/09/1848, com Luiz Fernandes Pimenta da Fonseca e Silva, filho de Vicente Saraiva de Araújo e de sua mulher Isabel Saraiva Monteiro.

F.06 - Rosa Francisca Ferreira Souto, nasceu por volta do ano de 1804; casou na Fazenda do Estreito, aos 11/05/1833, com José da Fonseca Silva, de 28 anos, filho legítimo de João da Fonseca Silva, já falecido, e Dona Anna Maria de Jesus.

F.07 - Maria Francisca Silvina Souto, nasceu por volta do ano de 1807; casou aos 22/08/1833, no oratório de José Varella Barca, com o português João Rodrigues de Mesquita, 30 anos, filho legítimo de Antônio Rodrigues de Mesquita e Maria Joaquina, ambos falecidos. Estiveram presentes João Pio Lins Pimentel e Francisco Varella Barca, casados.

F.08 - Maria Beatriz Paz Barreto, nasceu por volta do ano de 1817; casou-se no oratório de Francisco Xavier da Cunha, na Vila da Princesa, aos 18/01/1835, com Manoel de Mello Montenegro Pessoa, com 28 anos de idade, natural de Goianinha, filho de Manoel de Melo Montenegro Pessoa e de Ângela Gouvea de Araújo. Foram os pais de:

N.36 - Ovídio, nasceu aos 16/11/1835, e foi batizado pelo Vigário Colado do Seridó, na época visitador, Francisco de Brito Guerra, em 06/01/1836, na Matriz de São João Batista do Assú

N.37 - Manoel, nasceu aos 24/10/1836, e foi batizado pelo vigário de Santana do Matos, Padre João Theotônio de Sousa e Silva, na Matriz de Assú, aos 30/10/1836, sendo padrinhos o capitão Manoel Varella Barca, casado, e Maria Hermelinda de Albuquerque Montenegro

F.09 - Francisca Ferreira Souto, casou-se aos 30/01/1826, na Matriz de Assú, com o Capitão João Pio Lins Pimentel, nascido por volta do ano de 1806 e falecido no Assu, aos 02/06/1899, filho de João de Sousa Pimentel e Josefa de Mendonça Lins. Foram dispensados por impedimento no terceiro grau de consanguinidade atingente ao segundo. João Pio era irmão de Gertrudes, esposa de Domingos Varela. Francisca e João Pio foram os pais de:

N.38 - Francisca Victorina, casou-se com Tertuliano de Alustau Lins Caldas, citado nos filhos de Maria Juliana de Melo e de Francisco de Souza Calda.

N.39 - Irene Senhorinha Lins Pimentel, casou-se na Fazenda Sacramento, freguesia de Santana do Matos do Assu, aos 15/02/1851, Manoel Varela de Souza Barca, citado nos filhos de Manoel Varela Barca Júnior e de Thereza de Jesus Xavier.

N.40 - João Pio Lins Pimentel Junior.

N.41 - Josefa Maria Lins Pimentel.

N.42 - Júlia, nasceu aos 24/12/1835 e foi batizado na Matriz São João Batista do Assu, ao 04/03/1836, sendo seus padrinhos o Major Manoel Liz Wanderley e sus mulher Maria Francisca de Farias.

N.43 - Manoel, nasceu aos 18/11/1834 e foi batizado na Matriz São João Batista do Assu, ao 01/01/1835, sendo seus padrinhos Manoel Varela Barca Júnior e Rosa Francisca Barca, por procuração que dele apresentou Manoel Lins Caldas, solteiro

N.44 - Maria.

N.45 - Luiz.

F.10 - Manoel Varela Barca Junior, nasceu por volta do ano de 1808; casou-se aos 23/02/ 1830, no Sítio do Estreito, com Ignácia Theodósia de Mendonça, com 22 anos de idade, filha de João de Sousa Pimentel e Dona Josefa Lins de Mendonça, dispensados, também, dos impedimentos que estavam ligados. Foram os pais de:

N.46 - Francisca Theodósia de Mendonça Caldas.

O Capitão Manoel Varela Barca casou-se em terceiro matrimônio com Dona Bertholeza Cavalcanti Pessoa, filha do Capitão-mor Francisco Dantas Cavalcanti e Ana Maria Santiago. Não houve descendência.

 

 

UMA LINHA DA DESCENDÂNCIA VARELA BARCA QUE NÃO CONSEGUI CONECTAR

 

O casal Francisco Varela Barca e Bibiana Tereza da Fonseca deixaram uma vasta descendência, mas, infelizmente, não foi possível chegar à ligação genealógica deste grupo familiar com a descendência de José Varela Barca e Dona Brites Paes Barreto.

É possível que Francisco Varela Barca fosse filho de José Varela e Dona Brites e, esta possibilidade é corroborada por alguns fatos, tais como: no testamento do Capital Manoel Varela Barca, o primogênito do dito casal José Varela e Dona Brites, cita apenas os irmãos já falecidos, havendo portanto a possibilidades de irmãos vivos, à época; Francisco Varela e Dona Bibiana também se estabeleceram na região do Assu, mesmo região onde se estabeleceu o Capitão Manoel Varela Barca; a cronologia dos eventos de batizados e casamentos dos descendentes de Francisco e Bibiana, a exemplo do casamento de José Varela Barca com Ana Joaquina de Moraes, na freguesia de São João Batista do Assu, aos 28 de janeiro de 1825, aponta para a contemporaneidade com outros netos de José Varela e Dona Brites, o Manoel Varela Barca Júnior, casou-se com Thereza de Jesus Xavier aos 30 de outubro de 1817.

Francisco Varela Barca, casou-se com Bibiana Tereza da Fonseca e foram os pais de:

F.01 - Antônio Varela Barca, nasceu por volta do ano de 1804; casou-se no Sítio do [], aos 10/02/1834, com Ana Maria da Conceição, natural do Brejo de Arês (aparece também como Brejo do Bom Jardim), filha de Ignácio Gomes da Luz e de Maria Antônia.

N.01 - Maria, nasceu aos 15/03/1835 e foi batizada na Matriz do Assu, aos 24/06/1835, sendo padrinhos Luiz de França Silva, solteiro, e Bibiana Tereza da Fonseca.

F.02 - José Varela Barca, natural da freguesia de São João Batista do Assu, casou-se na Alagoa da Ponta Grande, freguesia de Santana do Matos, aos 28/11/1825, com Ana Joaquina de Moraes, natural da freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Pau dos Ferros, filha Felisberto Barbosa Dantas e de Ana Maria. Foram os pais de:

N.02 - Luiz (I), nasceu aos 10/06/1830 e foi batizado na Matriz de São João Batista do Assu, aos 20/06/1830, sendo padrinhos Luiz Cândido e Bibiana Tereza da Fonseca.

N.03 - José, nasceu aos 22/02/1938 e foi batizado na Matriz de São João Batista do Assu aos 15/041838, sendo padrinhos Francisco Varela e sua mulher senhorinha Lins.

N.04 - João, nasceu aos 03/06/1939 e foi batizado na Fazenda do [], freguesia do Assu, aos 24/06/1839, sendo padrinhos José Antônio da Fonseca Júnior e Maria Joaquina da Fonseca.

N.05 - Luiz Varela Barca (II), nasceu aos 30/09/1940 e foi batizado na Matriz de São João Batista do Assu aos 06/01/1841, sendo padrinhos João Luiz de Araújo, casado, e Antônia Maria; casou-se na Matriz de São João Batista do Assu, aos 06/08/1862, com Josefa Maria da Fonseca, filha de Vicente Ferreira da Fonseca e Antônia Maria da Conceição. Foram os pais de:

Bn.01 - Maria (I), nasceu aos 18/08/1863 e foi batizada no Sítio Forquilha, freguesia do Assu, a 09/12/1863, sendo padrinhos José Varela Barca e Ana Joaquina de Moraes

Bn.02 - Maria (II), nasceu aos 25/11/1865 e foi batizada no Sítio Santo Antônio, freguesia do Assu, a 01/01/1866, sendo padrinhos José Antônio da Fonseca e Joaquina Maria da Fonseca.

Bn.03 - Francisco (I), nasceu aos 24/02/1870 e foi batizado na Matriz do Assu aos 27/04/1870 sendo padrinhos Antônio Vicente da Fonseca e Laudilina Maria da Fonseca.

Bn.04 - Francisco (II), nasceu aos 10/06/1871 e foi batizado no Sítio Forquilha, freguesia do Assu aos 25/012/1871 sendo padrinhos Nicolau Vieira de Melo Filho e Maria Joaquina da Fonseca.

F.03 - Maria Francisca da Purificação, casou-se na Fazenda Santa Clara, freguesia de São João Batista da Assu, aos 05/07/1830, com Francisco José de Macedo, filho do Tenente José Francisco de Macedo e de Francisca Dantas Cavalcanti.

F.04 - Vicente Varela Barca, casou-se no oratório de José da Fonseca, freguesia de São João Batista do Assu, aos 16/01/1834, com Maria da Penha, filha de Pedro de Barros e de Tereza Dantas da Fonseca(?). Foram os pais de:

N.01 - Francisca, nasceu aos 07/05/1836 e foi batizada na Matriz de São João Batista do Assu, aos 15/06/1836, sendo seus padrinhos Manoel Varela Barca Júnior, casado, por procuração sua que que apresentou Manoel de Melo Montenegro Pessoa, e Tereza da Trindade, viúva.

 

 

FONTES:

 

Filho, Olavo de Medeiros. Os Barões do Ceará Mirim e Mipibu. Sebo Vermelho. Natal 2022

Livro de ATAS da Associação das Almas do Purgatório na Freguesia de Nossa Senhora do Livramento de Taipu.

Nesi, Jeanne Fonseca Leite. Caminhos de Natal. IPHAN, 2ª Edição – Natal 2020.

Trindade, João Felipe. Aqui Desde Sempre. EDUFRN – Natal 2016.

http://construindoahistoriahoje.blogspot.com/2012/02/norteriograndenses-ilustres-ix.html?m=1 - Acessado em 20 de julho de 2024

https://geneall.net/pt/forum/132190/familia-varella-varella-barca/ - - Acessado em 20 de julho de 2024

https://www.familysearch.org/pt/ - Acessado em 20 de julho de 2024.

 

 

Arnaldo Eugenio de Andrade – julho de 2024

 

quarta-feira, 10 de julho de 2024

Da passagem de João da Maia Gama, a serviço do Rei, por Taipu.

 

DIÁRIO DA VIAGEM DE REGRESSO PARA O REINO, DE JOÃO DA MAIA GAMA, E DE INSPEÇÃO DAS BARROS DOS RIOS DO MARANHÃO E DAS CAPITANIAS DO NORTE, EM 1728.

 - A viagem começou em São Luiz do Maranhão, a 4 de setembro de 1728. A parte referente ao Rio Grande do Norte, já em 1729, começa o trecho a partir da região ao norte do atual município de Taipu. O que precede desapareceu.

 

As lagoinhas. Fomos dormir aonde chamam o Trapiá no meio do rio do Cearamirim, que estava seco, e nos aquartelamos nas suas areias.

É este rio todo areado, e está seco todo o verão só com alguns poços de água salobra e se marcha três dias por ele acima, ou atravessando o que se atravessa 47 vezes, e alguns, seguram que se passa mais de 56 vezes, e não tem outro caminho pelo que se faz intratável e impossível a marcha ou saída por fora dele estando cheio.

Pelo que apressamos a viagem e a 22 partimos e passamos o dito Cearamirim doze vezes que estava seco, e passamos o sítio chamado o Taipu, e o Caruru e fomos a fazenda chamada a pedra da Boa Água e assim como chegamos que seria meio-dia começou uma trovoada com uma chuva grossa e continuada que durou todo o resto do dia, e toda a noite de sorte que amanheceu o rio cheio.

Desde o dia 22 até 29 estivemos nesta fazenda sem podermos fazer viagem pelas continuadas chuvas e enchentes do rio que se de manhã começava a diminuir, de tarde tornava a crescer, até que desesperados de que ficaríamos ali desde março até julho ou agosto, me resolvi partir.

A 29 partimos por muitas lamas e atoleiros, passando muitos riachos e junqueiros, que são umas baixas cheias de água que em todas chegava até a sela dos cavalos, e por matos fechados, e de espinhos, andamos duas léguas por livrar de passar duas vezes o dito rio. E vendo-nos todos molhados e nenhuma baixa com perigo de nos cobrir e levar o rio, trabalhos todos a fazer uma balsa de paus podres e secos. E feita a dita balsa nos deitamos a todo o risco a passar o rio ou por vir enchendo e deitar já por cima do lugar em que estávamos, e nos fomos aquartelar da outra parte, no meio de um mato fechado, em um alto de areia e pedregulho, que atolavam os cavalos até os peitos, e a várzea muito mais. E se carregaram as cargas às costas e nos acabamos de aquartelar às 10 horas da noite, éguas, cavalos perdidos que com perigo, trabalho, se passaram no outro dia os que se acharam.

A 30 nos posemos em marcha e não pudemos andar mais que meia légua por se não poder atravessar o rio, nem em tábuas, por ir muito caudaloso e cheio e também por não podermos passar por terra por estar tudo coberto de água, sem dar vau e nos arrancharmos em um alto aonde dizem que não chegava a maior inundação do rio.

A 31, aflitos e agoniados de não podermos passar para diante, nem voltar para trás para a dita fazenda que tínhamos deixado, e indo-nos faltando mantimentos por ter marchado adiante de nós o comboio dos índios que o levavam e termos ficado só com o preciso para os poucos dias que entendíamos acabar de sair do dito rio, consultamos alguns índios que por ali eram mais práticos, e se deitou com eles o comissário geral, Clemente de Azevedo, e com machados e facões a ver se podia abrir alguma picada para ver se podíamos sair daquele perigo e buscar uma fazenda que se entendia ficava perto, para um lado, livrando-nos das passagens do rio. E com efeito metendo-se para o alto, por entre pedras e mato fechado, abriu uma picada de perto de duas léguas em que se gastou todo o dia e se recolheu alta noite a dar-me parte.

Ao primeiro de abril tornou o dito comissário-geral a partir com mais índios e ferramentas para continuar a picada até sair a dita fazenda que se entendia ficava ao lado e muito fora do caminho, para nos refazermos ao menos de carnes por se ter acabado e haver já muito pouca farinha, e passando as duas léguas da picada que tinha aberto o dia dantes e continuou a abrir mais uma légua pouco mais ou menos, e chegando a um riachão o passou a nado com os índios e continuou a dita picada, mandando-me um capitão dos índios e dois mais com aviso para que eu marchasse até o riachão e continuou a picada dois ou três dias com chuvas e lamas, e sem comer até sair da dita fazenda.

A 2 de abril tendo eu determinado partir pelo dito aviso e estando aquartelado no alto aonde diziam não chegava nunca a maior inundação do dito rio.

Amanheceu o dia de 2, enchendo com maior força o rio e de sorte que chegava já água ao dito alto e vendo eu que crescia com força, e que começa a cobrir o alto, mandei pegar as cargas para passar a um monte serrado de espinhos que estava mais apartado do rio, e indo os índios acharam por detrás de nós já outra baixa coberta de água que não dava vau, e por não morrerem os cavalos, todos se deitaram a nado com muito perigo dos índios que os tangiam, e ainda morreram dois cavalos e os mais correram todos riscos. E vendo-nos todos cercados de água, nos subimos às árvores que ali se achavam circunvizinhas altas e grossas, e enchendo ainda com força o rio içamos por cordas para cima das árvores os baús, altar, canastras e selas e dentro em duas horas ficou alto em que estávamos aquartelados todo coberto de água e com altura de oito e nove palmos. E aqui nos consideramos totalmente perdidos, recorrendo a Deus e à Santíssima Virgem e aos santos e almas, com votos e promessas. Começou milagrosamente o rio a diminuir, lá pelas duas horas da tarde, e baixando alguns palmos se deitaram os índios a nado com muito perigo, e foram fazer uma pequena balsa de paus secos que com muito trabalho e muito perigo por entre matos e espinhos, a nado, picados e feridos, índios me trouxeram para fora, para o alto e na mesma forma, ao depois, o Padre Manoel Simião Henriques e logo o Secretário do Estado Manoel Rodrigues Tavares, e se acabou o dia

A 3, amanhecendo pouco mais baixo o rio, se recolheu a bagagem e por estarmos já sem carne, e sem farinha, e com mui pouco biscoito, nos pusemos em marcha por lamas e atoleiros, sem os poderem passar os cavalos montados, caindo e deitando-se a cada passo, e eu e  o reverendo padre e os mais por lama e atoleiros até o joelho, e a cada passo carregando e descarregando as cargas, passando vários riachos que fez o rio e abriu os altos cobrindo tudo de águas e tudo dera lamas e atoleiros, e para andarmos estas duas léguas, marchamos todo o dia e nos aquartelamos já de noite com muita chuva e todos molhados.

A 4, marchamos pouco mais de meia légua por lamas e atoleiros até o riachão e fazendo uma balsa a toda pressa, por via enchendo o rio outra vez, e crescendo o riacho que passamos com perigo na balsa, e carregando as cargas às costas, e nós a pé, por não poderem os cavalos marchar com carga, e ainda sem sela atolavam até a barriga. E assim molhados nos fomos aquartelar em um alto aonde chegaram quatro índios que no dia antecedente tinham ido à caça e achando rasto de um boi perdido, e amontoado o mataram, e nos trouxeram a maior parte da carne dele, de que nos sustentamos por providência de Deus, pois não tínhamos já o que comer.

A 5, nos pusemos em marcha, atolando até o joelho e encontrando ao dito comissário -geral que me vinha dar parte de ter chagado com a picada à fazenda do Inhandu, e tendo andado duas léguas a pé e as cargas às costas nos aquartelamos em um alto.

A 6, marchamos na mesma forma por lamas e atoleiros a pé e os índios passando as cargas às costas por virem os cavalos destruídos e espedaçados e feridos por serem os atoleiros de pedregulhos, e assim andamos pouco mais de légua e meia, até sairmos à dita fazenda aonde achamos invernado um comboio que me largou dois surrões de farinha, à moeda de ouro cada um, e mandamos matar dois bois, de que se comeu e se assou, ou enteirou a mais carne de noite para marcharmos no outro dia.

A 7, saímos desta fazenda e marchamos também por águas e lamas que chegavam até as selas, passamos o Primeiro Taipu e com chuva continuada já montados a cavalos e com bastante perigo atravessamos a várzea que chamam do Taipu, e baixos cheios de água que nos chagava até as barreiras da sela e marchamos molhados já de noite com um guia para nos livrar do negregado rio Cearamirim, e nos fomos aquartelar no sítio Taipu de Baixo. E se admiraram e pasmaram todos de que com o dito rio cheio e com tal tempo, pudéssemos sair dele sem o passar, o que nunca pôde conseguir pessoa alguma, nem branca nem preta, por mais que faça. O que se deve ao zelo, atividade e trabalho do dito comissário-geral, Clemente de Azevedo, que buscando os altos e subindo-se acima das arvores, e vendo por onde corria o rio, ou algum alto, mandava abrir para ele a picada, apartando-se do rio e livrando a sua passagem e abrindo a dita picada, até conseguirmos sair à dita fazenda.

A 8, amanheceu o dito negregado excomungado rio cheio até deitar por fora e se não tivéssemos no dia antecedente passado com trabalho a dita várzea do Defunto, e as ditas baixas não pudéramos sair para fora por se alargar tudo outra vez, e assim demos graças a Deus, e nos pusemos em marcha e viemos à Aldeia de Guagiru, administrada pelos reverendo padres da Companhia aonde achamos do capitão-mor do Rio Grande, Domingos de Moraes Navarro, com várias pessoas que me estavam esperando tendo notícia o dito capitão-mor que eu tinha entrado o dito Cearamirim, e chagando a Fazenda da Boa Água por uns índios que tinham passado adiante, escoteiros, e vendo que da dita fazenda até o Taipu eram só dois dias de marcha, e que se tinham gastado mais de quinze sem eu aparecer, convocou todos os homens do Rio Grande, e os mais antigos, e práticos daqueles sertões para lhe apontarem o meio de acudir a minha necessidade, perigo e aflição em que me considerava com a cheia do dito negregado rio, e assentaram todos que não havia caminho, ou meio para me acudir nem eu tinha mais remédio que esperar que baixasse o rio o que obrigou ao capitão-mor a passar a aldeia a ver se achava remédio nos índios para me acudir, e ficou detendo na dita aldeia a ver se chegava alguma notícia minha e assim quando me viram se admiraram todos de ver o impossível que tínhamos vencido.

A 9, saímos da dita aldeia e marchamos três léguas para quatro a buscar a passagem do rio Potengi que é o mesmo Rio Grande, e fomos passar junto da barra e defronte da Cidade do Natal do Rio Grande aonde chegamos e passaram os cavalos com muito trabalho e perigo aboiados e atracados às canoas, e se gastou nesta passagem até depois da meia-noite, e quis Deus estar a noite boa e serena.

A 10, Domingo de Ramos, depois da missa fui ver a fortaleza, e barra para ver se podia continuar a viagem, porém chovendo, e entrando a Semana Santa me resolvi a passa-la nesta cidade.

A fortaleza foi feita pelos holandeses e fundada sobre um recife de pedra a que acomodaram a planta da fortificação fazendo-a regular, e franquiada por toda a parte pelo modo possível sem embargo que lhe ficam uns morros de areia não muito distantes quase cavaleiros donde pode ser batida e rendida.

A dita fortaleza, ainda que pequena, tem dentro em si todos os cômodos e oficinas necessárias, como capela, casa de pólvora, armazéns e quartéis, e as obras exteriores de muralha e sapata estão preparadas de novo e também as esplanadas dos baluartes em que joga a artilharia, porém os quarteis e casas interiores estão ameaçando ruína por estarem as madeiras podres e danificadas, e quase vindo abaixo os telhados, de que se deu parte a Pernambuco e se puseram em praça, e se não tinham arrematado por ser o preço muito levantado, e mais do que valiam. E eu representei ao governador de Pernambuco que seria mais útil fazer-se a jornal porque seria obra mais segura e mais durável, e de melhores madeiras sendo esta obra administrada pelo capitão-mor que certamente tem zelo e procura com seu honrado procedimento aumentar o seu serviço, e merecimento para ser acrescentado e fazendo-se também provedor da fazenda, mais inteligente e esperto do que servia por ser este menos prático, e sem exercício na administração da fazenda por ter sido o seu exercício mui diferente. Mas o governador de Pernambuco com segurança das ordens de Vossa Majestade respondeu que não podia deixar de mandar arrematar em praça.

A dita fortaleza defende muito bem a barra, e entrada do rio por estar na ponta do recife, e defronte de um picão de pedra que ficará da mesma fortaleza não sei se trinta braças entre o qual e a fortaleza vai o canal por onde entram navios, e tem fundo para qualquer nau, e se não ficará o dito picão tão perto poderiam entrar muitas naus, e estar dentro qualquer armada porque tem fundo limpo, abrigado e seguro, e é a melhor barra que tem toda esta costa deste o maranhão até o mesmo Rio Grande.

A cidade é fundada em um alto ainda que muito areento, contudo com terreno muito capaz e lavado dos ventos, e tem cinquenta para 60 casas e muitas mais perto da cidade porque a mais da gente vive nas suas fazenda.

 

Fonte:

Galvão, Hélio. História da Fortaleza da Barra do Rio Grande. MEC, Conselho Federal de Cultura, 1979. Pág. 277, 278, 279 e 280.

FAMÍLIA RAPOSO DA CÂMARA E AS DESCENDÊNCIAS TAIPUENSES: FERREIRA DE MIRANDA, GADELHA DA COSTA, JUVÊNCIO DA CÂMARA, RODRIGUES DA CÂMARA, RODRIGUES DA SILVEIRA E RODRIGUES MONTEIRO

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