DA PONTE DO PAIVA
A aurora resplandece sobre o atlântico
Refletindo-se no espelho sobre o mar sereno
As imagens reproduzidas, entrecortadas
Pelas cortinas dos belíssimos coqueirais
O contemplador em movimentos involuntários
Tenta desvencilhar das palhas dos coqueiros
Tal qual o impulsivo olhar adolescente
Que espia a nudez da mulher proibida
Por entre os dedos da mão que disfarça venda
Aguçando a imaginação que voa livre
Como nas miragens do sol do meio dia
Que quando se deita para o adormecer
O crepúsculo reluz nas águas do velho Jaboatão
Estendendo o tapete à noite de gala
A lua, galanteada pelas estrelas cintilantes
Vem iluminar a noite dos amantes
E como, ofuscados pelo excesso de luz às retinas
Não desnudam os mistérios do generoso cenário
Ao qual, encantado, contemplo da Ponte do Paiva
Arnaldo, 14/03/2023
Arnaldo, 14/03/2023
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