sábado, 13 de agosto de 2022

Sobre a criação da Paróquia do Senhor do Bom Jesus dos Navegantes do Porto dos Touros


Sobre a criação da Paróquia de Touros, desmembrada da Paróquia de Extremoz, encontrei o que transcrevo abaixo:

"Diz o Padre Feliz Alves da Cruz, Vig. ... da Igreja do S. Bom Jesus dos Navegantes do Porto dos Touros ... despacho mande ao Escrivão da Câmara Eclesiástica lhes dê por Certidão o theor do Decreto, ou aviso Imperial, em virtude do qual foi desmembrada a dita Igreja da Freguesia de Extremoz e a sua divisão por isso. ... provisor a fim lhe defira do que ... Olinda 18 de setembro de 1834, estava assignado     Joaquim da Assumpção, Presbitero ... e Escrivão da Camara Episcopal do Bispado de Pernambuco sua Exa. Rvma.

Certifico que revendo o Livro de Registros das Ordens Imperiais, nelle achei o Decreto, de que faz menção a petição supra cujo theor se dá da maneira seguinte: A Regencia em nome do Imperador o Senhor D. Pedro segundo há por bem sancionar e mandar que se execute a seguinte Resolução da Assembleia Geral Legislativa, tomada sobre a outra de Conselho Geral desta Provincia do Rio Grande do Norte. Artigo primeiro: Que a Freguesia da Villa de Extremoz seja dividida em duas, uma a mesma actual e outra na povoação do forte dos Touros. Artigo segundo: que seja a divisão dela do Rio Maxaranguape, pressipiando da .... do mar e seguindo pelo mesmo assima athé Carnahubinha ... e da hí procurando em linha recta o Riacho Fundo, continua por alli ather a Fazenda Lages, ficando a parte do Leste ao Norte para a nova Freguesia, e Sul ao Oeste para a actual. Artigo Terceiro: Que o Parocho na nova Freguesia percebera as mesmas conhecenças e decretos Parochiais que percebem os da freguesia mãe. Artigo Quarto: Que a Freguesia que se passa a criar seja criada com a denominação de Freguesia do Senhor Bom Jesus dos Navegantes do Porto dos Touros, e a Igreja ali hoje erguida seja a sua Matriz, e a Freguesia actual se conserve com o antigo titulo de Freguesia de Nossa Senhora dos Prazeres e São Miguel, e a Matriz a que já existe. Antonio Francisco de Paula .... Cavalcante de Albuquerque, do Conselho do mesmo Imperador, Ministro e Secretario de Estado dos negócios da Fazenda e encarregado interinamente dos do Imperio assim o tenha a fim de executar. Palacio do Rio de Janeiro em cinco de setembro de mil oito centos e trinta e dois, undécimo da independência do Imperio, Francisco de Lima e Silva, José da Costa Carvalho, João Braulio Muniz, Antonio Francisco de Paula Cavalcante e Albuquerque.

E nada mais se continha o Dito Decreto que bem e fielmente fiz copiar do próprio que se acha registrado no Livro, ao qual me reporto e vai esta sem rasura duvida fará por mim subscrita assignada nesta Casa da Camara Episcopal de Olinda aos desesete de setembro de mil oito cento e trinta e quatro. Eu o Padre Joaquim de Assumpção Escrivão da Camara Episcopal o fiz escrever subscrever e assignar. O Padre Joaquim de Assumpção. Esta he a fiel Copia do Decreto da divisão desta Freguesia que fielmente eu copiei neste Livro, sem almento e diminuição alguma oque affirmo .... Parochia Vila dos Touros 2 de Abril de 1835.

Feliz Alves da Cruz, Vigário ...."

Fonte: Paróquia do Bom Jesus dos Navegantes, Touros / RN. Documento digitalizado e disponível em: https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:3Q9M-CS2Q-N3GL-K?i=1578&cat. Acessado em 13 de agosto de 2022.

Nota: Os espaços pontilhados foram palavras ou frases  que não consegui lê.


 [U1]

sábado, 30 de julho de 2022

Família INÁCIO DA SILVA (CAVACO)

Arquivo PDF, click aqui. 

A ainda bem jovem Maria Salomé Filha (Bibia), filha de João Timóteo de Oliveira e de Maria Salomé da Silva - Fonte: acervo pessoal de José de Arimatea Silva.

segunda-feira, 11 de julho de 2022

Porfessor João Batista dos Santos, taipuense, agora cidadão camarense


Imagens - Professor João Batista dos Santos

 

Hoje, 11 de julho de 2022, a Câmara Municipal de João Câmara, por propositura do Vereador Silvano Carlos, outorgou o título de “Cidadão Camarense” ao professor taipuense João Batista dos Santos.

A honraria deu-se pelo relevante trabalho de resgate histórico que o Professor João Batista tem feito com seu blog “Crônicastaipuenses”.

Fica aqui os nossos parabéns ao Professor João Batista pela merecida e importante honraria, e o registro da importante fonte de informações históricas em que se constituiu o “Crônicastaipuenses”.

segunda-feira, 13 de junho de 2022

Pedro Carlos da Rocha (Pedro Patola), um desbravador taipuense nas terras dos verdes canaviais

Seu Pedro Carlos da Rocha (Pedro Patola) e sua esposa, Dona Raimunda Isaura da Rocha - Fonte: acervo pessoal de Pedro Carlos (o autor)

Por Pedro Carlos da Rocha Neto

AS BODEGAS DE PEDRO CARLOS DA ROCHA NO LAZARETO E NAS CINCO BOCAS E O LOCAL NO MERCADO PÚBLICO DE CEARÁ-MIRIM

O primeiro ponto comercial de Pedro Carlos da Rocha (in memoriam) assim que chegou em Ceará-Mirim em 1937, vindo de Pitombeira/Taipu, com 20 anos de idade, foi na região da cidade conhecida como Lazareto (atual bairro São Geraldo), numa esquina do cruzamento das ruas Dr. Oscar Brandão e José Olinto Meira. Lá ele alugou uma casa onde abriu uma bodega, pois viu uma oportunidade de negócio com o fluxo de pessoas que iam para o Mercado Público, vindas da Jacoca, Ponta do Mato e Taipu. Naquela época as pessoas que vinham daquelas bandas entravam na cidade pela Rua Dr. José Augusto Meira, passavam nas "Cinco Bocas" e muitas passavam pela região do Lazareto descendo pela Rua Dr. Oscar Brandão rumo ao Mercado Público. Pois bem. Após um curto tempo, ele entregou a casa alugada e comprou um terreno bem próximo com o dinheiro economizado, onde construiu sua própria bodega, que atualmente corresponde à Bodega do Jailson, na Rua José Olinto Meira. Naquela bodega ele promovia com frequência um Pastoril, com distribuição gratuita de refresco: tudo para atrair clientela para sua bodega. Só que o sonho dele, assim como de qualquer comerciante de Ceará-Mirim na época, era comprar um "local" no Mercado Público (vide foto), mas para isso era necessário juntar muito dinheiro. Pensando nisso, ele planejou abrir uma bodega nas "Cinco Bocas", pois lá o fluxo de pessoas era maior. Sendo assim, no início da década de 1940 ele vendeu sua bodega, na Rua José Olinto Meira, e alugou uma casa nas Cinco Bocas, onde abriu outra bodega mais sortida. Lá os negócios foram muito bons tanto financeiramente como sentimentalmente, pois foi lá que ele conheceu sua então futura esposa, Raimunda Isaura da Silva, ironicamente numa noite de chuva, quando ela e seu irmão, Antônio Cavaco, vinham voltando de um circo, a cavalo, em direção à Jacoca, onde estavam hospedados na casa de uma senhora, pois eram da Marizeira, em Taipu. Naquela noite chuvosa, Antônio Cavaco pediu guarida na bodega de seu amigo Pedro Carlos até a chuva passar. Foi quando Pedro Carlos conheceu a bela moça que viria a ser sua esposa por 77anos...

A bodega das Cinco Bocas se situava exatamente onde funcionava o Mercadinho São Lucas, até pouco tempo atrás. Os dois se casaram em 22/11/1942, na igreja Matriz de Taipu. O primeiro filho do casal, Geraldo Carlos da Rocha, nasceu na bodega das Cinco Bocas.

Após pouco tempo morando e comercializando naquela bodega, o casal conseguiu comprar o tão sonhado "local" no Mercado Público de Ceará-Mirim, e se mudaram, com seu filho, para uma casa alugada, ao lado da Bodega de Dudu, e, portanto, próxima ao Mercado Público. Lá eles moraram por algum tempo até se mudarem para outra casa alugada na Rua do Patu, situada em frente a onde hoje existe a agência da Caixa Econômica Federal. Naquela casa nasceu o segundo filho do casal, Gabriel Carlos da Rocha.

Em 1946 eles compraram um terreno no final da Rua do Patu e construíram sua casa própria, onde nasceram os demais filhos do casal: Gilberto Carlos da Rocha; Gilvan Carlos da Rocha; José Anchieta da Rocha (in memoriam); Carlos Alberto da Rocha (in memoriam); Ronaldo Carlos da Rocha; Robério Carlos da Rocha; Maria das Graças da Rocha; e Romildo Carlos da Rocha. Nessa casa eles se estabeleceram definitivamente. Naquela época, a Rua do Patu ia até as proximidades da atual Escola Estadual Ubaldo Bezerra de Melo, de maneira que de lá até a BR-406 praticamente não existiam casas, e a região era uma mata fechada.

No início da década de 1950, Pedro Carlos da Rocha era próspero no local do Mercado Público, mas o destino lhe levaria a outro rumo de comércio que lhe seria emblemático: o comércio de combustíveis automotivos. Por fim, vale salientar que o "local" no Mercado Público era situado onde hoje é o banheiro masculino daquele mercado.

 

Nota:

Pedro Carlos da Rocha Neto, o autor, é neto de Pedro Carlos da Rocha.

Sr. Valdomiro Alves da Rocha, o afilhado de João Café Filho

     Fonte: Paróquia de Nossa Senhora do Livramento de Taipu, livro de assento de batismos nº 13, assento nº 67, página 104. - Arquivo digit...