segunda-feira, 13 de junho de 2022

Pedro Carlos da Rocha (Pedro Patola), um desbravador taipuense nas terras dos verdes canaviais

Seu Pedro Carlos da Rocha (Pedro Patola) e sua esposa, Dona Raimunda Isaura da Rocha - Fonte: acervo pessoal de Pedro Carlos (o autor)

Por Pedro Carlos da Rocha Neto

AS BODEGAS DE PEDRO CARLOS DA ROCHA NO LAZARETO E NAS CINCO BOCAS E O LOCAL NO MERCADO PÚBLICO DE CEARÁ-MIRIM

O primeiro ponto comercial de Pedro Carlos da Rocha (in memoriam) assim que chegou em Ceará-Mirim em 1937, vindo de Pitombeira/Taipu, com 20 anos de idade, foi na região da cidade conhecida como Lazareto (atual bairro São Geraldo), numa esquina do cruzamento das ruas Dr. Oscar Brandão e José Olinto Meira. Lá ele alugou uma casa onde abriu uma bodega, pois viu uma oportunidade de negócio com o fluxo de pessoas que iam para o Mercado Público, vindas da Jacoca, Ponta do Mato e Taipu. Naquela época as pessoas que vinham daquelas bandas entravam na cidade pela Rua Dr. José Augusto Meira, passavam nas "Cinco Bocas" e muitas passavam pela região do Lazareto descendo pela Rua Dr. Oscar Brandão rumo ao Mercado Público. Pois bem. Após um curto tempo, ele entregou a casa alugada e comprou um terreno bem próximo com o dinheiro economizado, onde construiu sua própria bodega, que atualmente corresponde à Bodega do Jailson, na Rua José Olinto Meira. Naquela bodega ele promovia com frequência um Pastoril, com distribuição gratuita de refresco: tudo para atrair clientela para sua bodega. Só que o sonho dele, assim como de qualquer comerciante de Ceará-Mirim na época, era comprar um "local" no Mercado Público (vide foto), mas para isso era necessário juntar muito dinheiro. Pensando nisso, ele planejou abrir uma bodega nas "Cinco Bocas", pois lá o fluxo de pessoas era maior. Sendo assim, no início da década de 1940 ele vendeu sua bodega, na Rua José Olinto Meira, e alugou uma casa nas Cinco Bocas, onde abriu outra bodega mais sortida. Lá os negócios foram muito bons tanto financeiramente como sentimentalmente, pois foi lá que ele conheceu sua então futura esposa, Raimunda Isaura da Silva, ironicamente numa noite de chuva, quando ela e seu irmão, Antônio Cavaco, vinham voltando de um circo, a cavalo, em direção à Jacoca, onde estavam hospedados na casa de uma senhora, pois eram da Marizeira, em Taipu. Naquela noite chuvosa, Antônio Cavaco pediu guarida na bodega de seu amigo Pedro Carlos até a chuva passar. Foi quando Pedro Carlos conheceu a bela moça que viria a ser sua esposa por 77anos...

A bodega das Cinco Bocas se situava exatamente onde funcionava o Mercadinho São Lucas, até pouco tempo atrás. Os dois se casaram em 22/11/1942, na igreja Matriz de Taipu. O primeiro filho do casal, Geraldo Carlos da Rocha, nasceu na bodega das Cinco Bocas.

Após pouco tempo morando e comercializando naquela bodega, o casal conseguiu comprar o tão sonhado "local" no Mercado Público de Ceará-Mirim, e se mudaram, com seu filho, para uma casa alugada, ao lado da Bodega de Dudu, e, portanto, próxima ao Mercado Público. Lá eles moraram por algum tempo até se mudarem para outra casa alugada na Rua do Patu, situada em frente a onde hoje existe a agência da Caixa Econômica Federal. Naquela casa nasceu o segundo filho do casal, Gabriel Carlos da Rocha.

Em 1946 eles compraram um terreno no final da Rua do Patu e construíram sua casa própria, onde nasceram os demais filhos do casal: Gilberto Carlos da Rocha; Gilvan Carlos da Rocha; José Anchieta da Rocha (in memoriam); Carlos Alberto da Rocha (in memoriam); Ronaldo Carlos da Rocha; Robério Carlos da Rocha; Maria das Graças da Rocha; e Romildo Carlos da Rocha. Nessa casa eles se estabeleceram definitivamente. Naquela época, a Rua do Patu ia até as proximidades da atual Escola Estadual Ubaldo Bezerra de Melo, de maneira que de lá até a BR-406 praticamente não existiam casas, e a região era uma mata fechada.

No início da década de 1950, Pedro Carlos da Rocha era próspero no local do Mercado Público, mas o destino lhe levaria a outro rumo de comércio que lhe seria emblemático: o comércio de combustíveis automotivos. Por fim, vale salientar que o "local" no Mercado Público era situado onde hoje é o banheiro masculino daquele mercado.

 

Nota:

Pedro Carlos da Rocha Neto, o autor, é neto de Pedro Carlos da Rocha.

domingo, 29 de maio de 2022

Família VIANA DE MIRANDA

Arquivo PDF, click aqui! 

 

Dona Antônia Viana com os seus 10 filhos que chegaram à idade adulta - Fonte: acervo da  família Viana de Miranda

 

domingo, 15 de maio de 2022

A Assembleia Legislativa do RN homenageará Carlinhos Leite

 
 
O Ilustre Carlos Alberto Pinheiro de Oliveira Leite,  nosso Carlinhos Leite, será homenageado pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte. Parabéns amigo, ficamos orgulhosos!

 

domingo, 1 de maio de 2022

Mudança da Capital do Estado

 

Jornal do Recife, edição de 9 de julho de 1891, página 2

 Sobre a mudança da Capital do Estado do Rio Grande do Norte:

Deu no “Jornal de Recife” – quinta feira, 9 de julho de 1891 – Seção Estados – Rio Grande do Norte, conforme transcrição a seguir:

No dia 29 do mez findo, foi encetado o debate sobre o projecto da Constituição que foi approvado em 1ª discussão até a secção 2ª do capítulo II. Falaram os Srs. Augusto Leopoldo, Meira e Sá, Carvalho e Guilherme que apresentou uma emenda ao projecto para dada a morte ou renúncia de algum deputado no último anno da legislatura, ser chamado para substituí-lo o mais votado dentre os que não tiveram sido eleitos.

- No dia 30 continuou a discussão da Constituição, que foi aprovada até o capítulo 3º.

No correr da discussão foi levantada a questão da mudança da capital e foi aprovada em 1ª discussão uma emenda do Sr. Meira e Sá, por ele justificada, determinado que a capital do Estado será oportunamente mudada para o ponto mais conveniente do interior do Estado que ficar equi-distante das suas extremidades.

 Na mesma matéria, continuando o transcrito acima, trata os efeitos da seca, enfocando as graves consequências da estiagem. Cita por exemplo, que de 1877 à data da matéria publicada (1891), houve chuvas regulares apenas nos anos de 1882 e a884. A coluna é concluída com uma nota sobre Taipu:

- Na villa de Taipú victima de graves padecimentos, falleceu no dia 29 do mez ultimo, na idade de 82 annos, o cidadão Estevam Alipio d’Oliveira, que era um cidadão dotado de excelentes qualidades, pai de família extremoso, amante do trabalho e um republicano de caracter firme e de convicções arraigadas.

sábado, 16 de abril de 2022

A Estação Ferroviária de Taipu

Telhas da Estação Ferroviária de Taipu - à cima, telhas fornecida por Saccoman Freres Saint Marsseille, em baixo, Fábrica S. Gonçalo - Gentil F. Sousa - Imagens: o autor.

 

A Estação Ferroviária de Taipu foi inaugurada aos 15/11/1907, composta por 1 sala administrativa, 1 sala bilheteria, 1 alojamento, 1 armazém e 1 plataforma com 34 metros de extensão; a Estação mede 18,5m x 13,5m, porém, em 1998, parte da plataforma foi removida para acesso à rua principal.

Os materiais da construção do prédio devem ter sido oriundos das regiões adjacências, entretanto, as telhas, que tiveram dois fornecedores distintos, foram adquiridas da fábrica São Gonçalo, propriedade de Gentil Ferreira de Souza, ex-prefeito de Natal por dois mandatos, e, outra parte, traz a seguinte inscrição estampada: SACCOMAN FRERES, ST HENRI MARSEILLE.

As telhas de fornecedores destintos pode ser um indicativo de que a Estação foi construída em mais de uma fase, e que o alojamento, parte onde foi coberta com as telhas SACCOMAN FRERES tenha sido construída na 1ª fase para servir de apoio às obras.

Assim, parte das telhas da Estação Ferroviária de Taipu, vinda da 2º maior cidade da francesa, Marsseille, já está com, aproximados, 115 anos.

 

Fontes:

Estações Ferroviárias do Brasil: http://www.estacoesferroviarias.com.br/rgn/taipu.htm

Crônicas Taipuenses: https://cronicastaipuenses.blogspot.com/search?q=estação+ferroviária

 

 



FAMÍLIA RAPOSO DA CÂMARA E AS DESCENDÊNCIAS TAIPUENSES: FERREIRA DE MIRANDA, GADELHA DA COSTA, JUVÊNCIO DA CÂMARA, RODRIGUES DA CÂMARA, RODRIGUES DA SILVEIRA E RODRIGUES MONTEIRO

  FAMÍLIA RAPOSO DA CÂMARA E AS DESCENDÊNCIAS TAIPUENSES: FERREIRA DE MIRANDA, GADELHA DA COSTA, JUVÊNCIO DA CÂMARA, RODRIGUES DA CÂMARA, ...