Mariana Júlia e Justino Sereno - Acervo particular de Maria Amélia de Oliveira
JUSTINO SERENO BARBALHO BEZERRA e MARIANA JÚLIA PEREIRA DA COSTA casaram-se catolicamente em Ceará Mirim, aos 6 de fevereiro de 1883, ele filho legítimo de Antônio Barbalho Bezerra Júnior e de Maria Senhorinha Varela Barca, ela filha legítima de Luiz Pereira da Costa e de Joaquina Pereira da Costa. Justino Sereno e Mariana Júlia estabeleceram domicílio no lugar Duas Passagens, numa localidade conhecida por Urtiga, em Taipu, e foram os pais de:
Antônio Barbalho Bezerra;
Alípio Barbalho Bezerra;
Elias Barbalho Bezerra;
Elviro Barbalho Bezerra;
Epifânio Barbalho Bezerra;
João Carlos Barbalho Bezerra;
João Nepomuceno Barbalho Bezerra;
Justino Barbalho Bezerra.
Lucas Barbalho Bezerra;
Luiz Porfírio Barbalho Bezerra;
Maria Barbalho Bezerra;
Maria das Dores Barbalho Bezerra;
Maria Paulina Barbalho Bezerra.
Justino Sereno era neto, pelo lado materno, de Francisco Varela Barca e de Senhorinha Lins Caldas. Francisco Varela Barca foi morto em um confronto político com a força oficial, conforme relatou, em seu discurso pronunciado na abertura da segunda sessão da terceira legislatura da Assembleia Legislativa Provincial, do Rio Grande do Norte, do dia 7 de setembro de 1841, o vice-presidente da Província, coronel Estevão José Barboza de Moura:
dia 13 de dezembro de 1840, se apresentou pelas nove horas da manhã no campo fronteiro à Matriz na qual tinha de celebrar-se o ato de eleição, um concurso de setenta pessoas, mais ou menos, armadas e capitaneadas pelo tenente da extinta segunda linha, José Varella Barca, e por seu irmão Francisco Varella Barca. Por aquela mesma hora teve de seguir para o lugar destinado o destacamento do Corpo Policial, que ali existe, e havia sido requerido pela autoridade competente para guardar e manter o sossego, na forma da lei; e quando passava este em pequena distância do grupo recebeu tiros de mosquetaria; à vista do que o seu digno comandante, o tenente de Polícia José Antônio de Souza Caldas, mandou fazer também fogo contra o inimigo, que então reconheceu, repelindo assim a força, que o guerreava; de cuja luta, que durou por espaço de três quartos de hora, resultou morrer imediatamente o segundo chefe Francisco Varella, e ficar gravemente ferido em uma perna o primeiro José Varella; serem baleados um sargento, e um guarda de Polícia, ambos gravemente, uma mulher que chegava à sua porta na ocasião do fogo, e alguns outros do inimigo, ao número de dez ou doze, os quais todos escaparam, menos o infeliz tenente José Varella, que faleceu de um mês de padecimentos.
Já Luiz Pereira da Costa, pai de Mariana Júlia, era português, da cidade de Coimbra, radicou-se no lugar Pedregulho, onde possuía um oratório privado, no interior de Ceará Mirim; faleceu cedo, não viu o casamento dos seus filhos, provavelmente foi sepultado no dito Pedregulho, visto que o lugar, àquela época possuía cemitério; Pedregulho, por volta do início da segunda metade do século XIX, havia se tornado engenho, conforme consta em assentos de casamentos dos livros da paróquia de Nossa Senhora da Conceição, de Ceará Mirim; o lugar, que fica próximo à comunidade de Capela, tornou-se o assentamento São José de Pedregulho.
Justino Sereno Barbalho Bezerra tinha um irmão por nome de Octaviano Barbalho Bezerra, que se casou com Felícia Militana Pereira da Costa, esta, irmã de Mariana Júlia, assim, eram dois irmãos casados com duas irmãs; Octaviano, que era comerciante em Capela, mudou-se para Marizeira, a do norte, vizinha ao Paraguai, em Taipu; do casal Octaviano e Felícia descende os Barbalho, de Taipu.
Justino Sereno e Mariana Júlia eram bisavós, pelo lado materno, deste que hora escreve.