sábado, 7 de novembro de 2020

O FUZILEIRO NAVAL DE TAIPU


 


Aos 29 de dezembro de 1901, em Taipu, era batizado Luís, nascido aos 14 de dezembro de 1901, filho de Antônio Ferreira da Câmara (ou Severiano da Câmara) e Cecília Regina da Fonseca, foram seus padrinhos João Leite da Fonseca e Ignes da Castro Monteiro.

Luís Leite da Câmara, a criança do assento de batismo, que era primo do Senador João Câmara, pela parte paterna, e sobrinho do Intendente Rosendo Leite, pela parte materna, foi o Fuzileiro Naval de Taipu que morreu em missão nos Estados Unidos.

No ano de 1920 Luís seguiu em missão para os Estados Unidos, mais precisamente para a Cidade de Nova York, como tripulante do Encouraçado Minas Gerais.

A função de Luís Leite da Câmara era a guarnição interna do navio, que mesmo em águas estrangeira, era tecnicamente território brasileiro, cabendo sua guarda ao Batalhão Naval.

Para se ter ideia da importância do Coraçado Minas Gerais, consequentemente da missão aos Estados Unidos, em que Luís Leite da Câmara era tripulante, segue citações extraídas  do artigo de Rostand Medeiros - https://tokdehistoria.com.br/tag/fuzileiro-naval/:

“Para Luiz Leite ser um dos membros do Batalhão Naval nesta grande belonave, em uma missão no exterior, mostra que provavelmente ele deve ter se sobressaído entre seus companheiros, pois fazer parte da tripulação daquele navio era uma verdadeira honra.”

“Ao ser concluido no estaleiro Elswick Shipyard, em Newcastle-on-Tyne, nordeste da Inglaterra, em janeiro de 1910, o Minas Gerais era considerado por analistas norte-americanos, junto com o encouraçado São Paulo, os dois mais poderosos navios de guerra do mundo. Tanto que a aquisição destas duas naves pelo Brasil desencadeou uma corrida armamentista naval entre nosso país, a Argentina e o Chile.”

“O Minas Gerais deslocava 19.280 toneladas, tinha 165 metros de comprimento e sua velocidade alcançava 21 nós. Possuía blindagens de proteção que tinha uma espessura que variava de 102 a até 305 milímetros (mm). Seu armamento principal eram 12 canhões de 305 mm, montados em seis torres de tiro independentes. Além destas armas o encouraçado possuía 22 canhões de 120 mm e 8 de 37 mm. Tal poder de fogo fez com que o Ministro dos Negócios Estrangeiros da Argentina afirmasse que os dois encouraçados brasileiros tinham poder de fogo suficiente para destruírem sozinhos as frotas de guerra do seu país e do Chile.”

Luiz Leite da Câmara faleceu nos estados Unidos, aos 26 de maio de 1921, não sendo revelada a causa de sua morte.

O jornal A República, na edição de 25 de junho de 1921, publicou a seguinte nota, com o título “A morte de um marinheiro nacional”:

 “Pelo último correio, recebemos de Nova York a seguinte carta:

Srs Redactores.

Pedimos a publicação da seguinte notícia na secção de “várias” da Republica.

Falleceu no dia 26 de Maio do corrente anno, no Hospital Naval de Brooklin o nosso companheiro d’armas Luiz Leite Camara, filho d’esse gloriozo Estado e sobrinho do integro Presidente da Intendência de Taipú, Coronel Rosendo Leite.

O morto, ainda jovem, contava com 19 annos e servia na nossa Marinha de Guerra – Soldado do Batalhão Naval, embarcado no Encouraçado “Minas Gerais” nos estaleiros de Navy Yard de Brooklin.”

 

FONTES:

Paróquia de Ceará Mirim, Livro de Batismo Nº 39, folha 64v, assento nº 1051;

Medeiros, Rostand. - https://tokdehistoria.com.br/tag/fuzileiro-naval/;

Jornal A República, edição de 25 de junho de 1921.

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Sr. Pedro Ferreira da Silva e Dona Maria Ferreira da Cruz


Na imagem à esquerda, de 1969, Sr. Pedro Ferreira e Dona Maria Ferreira da Cruz.

Na imagem à direita, de 1984, a casa de Sr. Pedro e Dona Maria, a última da Rua Senador João Câmara, ou Rua da TELERN, como ficara conhecida a rua depois da instalação do posto telefônico. Ainda nesta foto, Eliel Silva e suas primas Fátima (já falecida) e Maninha. Ali, Eliel Silva que na infância morara nessa mesma rua, próximo aos avós, estava em visita às raízes, juntamente com Maninha e Fátima, essa, sua namorada à época.

Para aguçar a curiosidade: Dona Maria Ferreira da Cruz, que não sei se é dos mesmos “Ferreira da Cruz” dos ex prefeitos Vavá e Louvado, nasceu aos 13/05/1888, data em que a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea, da libertação dos escravos.

Fonte: imagens do acervo pessoal de Eliel Silva, gentilmente cedidas.

 

Atestado de Conduta de Sr. Daniel Ferreira da Silva


 Há quase 80 anos era emitido este Atestado de Conduta a Sr. Daniel Ferreira da Silva.

Sr. Daniel, que nasceu aos 22/11/1921 e faleceu aos 02/01/2015, era filho de Pedro Ferreira da Silva e Maria Ferreira da Cruz; Sr. Daniel casou-se com Dona Suzana Nobre da Silva, nascida aos 29/04/1932 e falecida aos 22/08/2016, filha de Pedro Amâncio de Bessa e Maria Nobre de Bessa.

É provável que o Atestado faça parte do conjunto de documentos necessários ao ingresso de Sr. Daniel na Estrada de Ferro, onde serviu por muitos anos, porque, para outras questões, parafraseando Zé Geraldo, valia o "fio de bigode" de Sr. Daniel.

O documento pertence ao acervo pessoal de Eliel Silva, que o cedeu gentilmente

 

Zé Gerado

A moda na cidade é grande
O medo é grande também
A corrida do cheque incoberto
O saldo não teve e não tem
Os valores trazidos da terra
Enfrentando as cancelas
Do "pode-não-pode"
A força falsa de um cartão de crédito
Ao invés de um fio de bigode
 

domingo, 18 de outubro de 2020

Seu Geraldo do Correio


Geraldo Fernandes de Oliveira, popularmente conhecido por "Seu Geraldo do Correio", era filho de Adauto Fernandes de Oliveira e Ana Augusta da Câmara. Sr. Geraldo, ex seminarista, casou-se com Dona Francina e, de cujo matrimônio, nasceram 18 filhos, dos quais criaram-se 17. Tarcísio Antônio, o 1º com esse nome, faleceu criança e foi sepultado no Cemitério de Taipu. 

Seu Geraldo, que ingressou nos Correios no Rio de Janeiro,  foi agente dos Correios de Taipu, na década de 70, quando os Correios, aqui em Taipu, tiveram 3 sedes distintas: 1º Prédio conhecido com a casa de Pedro Coutinho; 2º Antigo Prédio do Motor (funciona o Projeto Tecada); 3º Antigo Secretariado Paroquial (foi residência de Rosendo Leite e posterior Sede dos Escoteiros)

Adauto Fernandes de Oliveira, o pai de Sr. Geraldo, era primo legítimo de Margarida Maria de Andrade, mãe do autor.


Sr. Valdomiro Alves da Rocha, o afilhado de João Café Filho

     Fonte: Paróquia de Nossa Senhora do Livramento de Taipu, livro de assento de batismos nº 13, assento nº 67, página 104. - Arquivo digit...