domingo, 5 de maio de 2024

Sr. Valdomiro Alves da Rocha, o afilhado de João Café Filho


 

 Fonte: Paróquia de Nossa Senhora do Livramento de Taipu, livro de assento de batismos nº 13, assento nº 67, página 104. - Arquivo digitalizado e disponibilizado por; https://www.familysearch.org/search/catalog
 
Aos vinte de fevereiro de mil novecentos e trinta e oito na Matriz, baptizei solenemente a Valdomiro, nascido a sete de fevereiro de mil novecentos e trinta e seis, filho legítimo de Antônio Alves da Rocha e Isabel Alves da Rocha, padrinhos João Café Filho e Jandyra café, do que para constar mandei fazer este termo que assigno Côneco Celso Cico 
 
Vale lembrar que este blog já postou o batizado, de outra taipuense, Ilza Cid, que teve como padrinhos Getúlio Dornelio Vargas e  Darcy Vargas.

quarta-feira, 1 de maio de 2024

Taipu e o serviço de Correios de Natal


 

Pelo artigo 21 Regulamento de 5 de março de 1829 o Ministro José Clemente Pereira criou uma administração do Correio em cada sede provincial do Brasil. Em que dia instalou-se essa administração na cidade de Natal, ignora-se. Deve ter sido no mesmo ano.

               O correio fora estabelecido pela Real Ordem de 26 de fevereiro de 1798. O governador da Capitania do Ceará criou-o na sua jurisdição em 1º de maio de 1812, dirigido pelo escrivão da Junta da Fazenda. O caminheiro, como o chamavam, passava por Mossoró e Assu e recebia correspondência ainda em São José de Mipibu indo para a Paraíba e daí a Pernambuco. Mesmo antes desse serviço regular, havia o Correio Oficial, um indígena que levava cartas das autoridades locais e podia ir recebendo outras pelo caminho. Henry Koster, viajando em 1810-11, utilizava desses correios. Em certos casos o governador encarregava um viajante de posição para que conduzisse o correio, mormente quando se tratava de documentos valiosos. Esse correio especial era distinguido por levar as cartas numa sacola de seda vermelha e esta constituía a melhor credencial para a jornada. À sua vista todas as dificuldades desapareceriam como milagre. Henry Koster trouxe esse saquinho vermelho e consta os efeitos de sua prestigiosa presença: “No dia seguinte avançaríamos para o arraial de Santa Luzia, alojando-nos numa casa ainda não concluída. Logo depois descarregamos os animais e deitei-me numa rede com a intenção de dormir. Veio o guia dizer-me que o povo se aglomerava derredor de nós e recordei a querela que se passara quando da passagem por ali. Levantei-me a pedi minha maleta, abrindo-a com toda naturalidade, revolvendo o conteúdo e, tomando o saco vermelho, coloquei-o sobre um grande cepo de madeira que estava perto de mim, e continuei como que procurando um objeto indispensável. Quando olhei em torno, depois de alguns minutos, toda a gente que se reunira desaparecera, tal fora a importância do saco vermelho, dando, como era sabido, o poder de requisitar animais, e outra ideia da minha situação surgira com presença mágica dessa bolsa”. Essa Santa Luzia é a cidade de Mossoró, (Koster, Viagens ao Nordeste do Brasil, 192).

               Além de Cunhaú Koster encontra e aproveita o correio da época: “Dois mensageiros passaram por esse recanto durante a tarde e escrevi a um amigo de Pernambuco” (idem, 217).

Os portadores do saco vermelho, sinal de enviados especiais em serviço do Rei, podiam, efetivamente, requisitar animais, e esta faculdade foi reforçada por uma decisão de 6-3-1816 e só extinta por outra ordem de 21-5-1821. Deste princípio do século XIX corriam os indígenas com cartas e ofícios dentro de escondidos sacos de algodão, fazendo o correio, letter carriers, como lhes chamava Koster.

Em 22-11-1817 o governador da Capitania do Rio Grande do Norte, senhor José Inácio Borges, respondendo ao general Luís do Rego Barros, governador de Pernambuco, enviava pormenores sobre a ligação de um serviço mais completo de correio desde a Capitania do Ceará. Informava mesmo que “a Fazenda Real e os particulares fazem não pequena despesa com correios a Pernambuco” e propunha que o caminheiro viesse à cidade, mostrando conveniências incontáveis. Do lugar Cruz de Taipu de Fora, ponto de confluência das duas estradas para a vila de São José pela Utinga e para a mesma Vila de Natal, seria uma pequena diferença de cinco léguas. E demonstra: “Da Cruz do Taipu de Fora à vila de Estremoz são cinco léguas; de Estremoz a Natal, três léguas e de Natal a S. José, nove léguas, total de dezessete”. Sugeria um administrador em Natal com ordenado anual de 50$000. Os caminheiros seriam indígenas de Estremoz, ganhando 240 reis diários. No quarto dia de jornada pernoitariam na cidade da Paraíba e no quinto na Vila de Goiana; no sexto na Vila de Igarassu, em cujos pontos ia recebendo dos agentes locais malas prontas. No sétimo, ao meio-dia, entregaria toda a correspondência na administração do Correio geral de Pernambuco. Previa as taxas segundo o peso. De 1 a 4 oitavas para 16 réis, de 4 a 8, 320 réis, de 8 para cima, 640 réis.

               Em 1929 oficializou-se o serviço ...(continua)

Câmara Cascudo, Luís. História da cidade do Natal,  XXXIII – Correio e Telégrafo (grifos nosso)

FAMÍLIA RAPOSO DA CÂMARA E AS DESCENDÊNCIAS TAIPUENSES: FERREIRA DE MIRANDA, GADELHA DA COSTA, JUVÊNCIO DA CÂMARA, RODRIGUES DA CÂMARA, RODRIGUES DA SILVEIRA E RODRIGUES MONTEIRO

  FAMÍLIA RAPOSO DA CÂMARA E AS DESCENDÊNCIAS TAIPUENSES: FERREIRA DE MIRANDA, GADELHA DA COSTA, JUVÊNCIO DA CÂMARA, RODRIGUES DA CÂMARA, ...