segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

PT, o Partido Político mais antigo de Taipu, em atividade

Com a redemocratização, o bipartidarismo deu lugar ao pluripartidarismo, assim, MDB - Movimento Democrático Brasileiro, e ARENA - Aliança Renovadora Nacional, saíram de cena para dar lugar aos partidos, PDS - Partido Democrático Social, com nº 11, PDT - Partido Democrático Trabalhista, com nº 12, PT – Partido dos Trabalhadores, com nº 13, PTB – Partido Trabalhista Brasileiro, com nº 14 e PMDB – Partido do Movimento Democrático Brasileiro, com nº 15. Ainda houve ensaio de um sexto partido, o PP, Partido Progressista, que tinha à frente Tancredo Neves e Aluísio Alves, mas, este não se consolidou.

Há quem diga que o pluripartidarismo não foi uma ideia de cunho democrático, mas, uma forma de dividir a oposição, visto que o MDB crescia a passos largos, ameaçando a hegemonia da situação, representada pela ARENA. Exemplo do crescimento avassalador do MDB foi a surpreendente vitória para o Senado, em 1974, de Agenor Maria, então ilustre desconhecido, derrotando o fortíssimo e Ilustre Dr.Djalma Marinho.

Nacionalmente o PT foi fundado aos 10 de fevereiro de 1980, no Colégio Sion, em São Paulo. Em Taipu, não sei precisar a data da fundação do PT, entretanto, encontrei uma Ata de Reunião do Partido dos Trabalhadores, com o Título: Ata da reunião do Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores, datada de 6 de dezembro de 1981, que tinha como Presidente João Damásio da Silva.

Ainda encontrei uma Ata de 24 de outubro de 1982 com o sorteio de números para os candidatos ao pleito municipal daquele ano, com a seguinte contemplação de números:

Prefeito

Manoel Pereira da Silva, nº 35

Vereadores

Maria Cosmo de Souza Lima, nº 3610

Francisca Gasparina Borges, nº 3615

Sebastião Francisco do Nascimento, nº 3636

Ata de Reunião do Partido dos Trabalhadores, Taipu 6 de dezembro de 1981

Transcrição da ATA:

Ata da Reunião do Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores

                Realizada em Taipu, aos 06(seis) dias do mês de dezembro de 1981, às 18:00 (dezoito) horas, no local abaixo indicado reuniram-se os membros do Diretório Municipal do partido dos Trabalhadores, eleitos na Convenção Municipal, para o fim especial de procederem a eleição da Comissão Executiva municipal, tendo os trabalhos presidido pelo Sr. João Damásio da Silva e secretariado por mim, infra-assinado. Após os esclarecimentos necessários, solicitei o Sr. Presidente que os presentes elaborassem as necessárias cédulas para a eleição da Comissão Executiva. Reaberto os trabalhos, em seguida à breve suspensão, foram colhidos os votos e, imediatamente, proclamados e empossados os eleitos. Esclareceu o Sr. Presidente que um lugar fica reservado para o líder do Partido na Câmara Municipal e, isto feito, determinou que fossem integrados à Ata os seguintes esclarecimentos: Local da Reunião: Clube do Batistão; Comissão Executiva Municipal: Presidente: João Damásio da Silva; Vice-presidente: Manoel Pereira da Silva; Tesoureiro: José Gomes Neto; Suplentes: 1º Manoel Ferreira do Nascimento; 2º Antônio Gomes Neto; 3º Severina Silva de Oliveira. Nada mais havendo a tratar lavrou-se esta Ata que vai assinada por mim secretário e o secretário, digo, o presidente.

Secretário: Luiz Pereira da Silva

Presidente: João Damásio da Silva.


 

terça-feira, 16 de janeiro de 2024

Uma menção à Taipu, em 1774

 Uma menção à Taipu, no remoto ano de 1774, em um batizado realizado na Capela de Jundiaí.


 Fonte: Catedral de Nossa Senhora da Apresentação de Natal, livro de assento de batismos. Documento digitalizado e disponibilizado via https://www.familysearch.org/ark)

Transcrição do assento de batismo:

Antonio, filho legitimo de Joze da Fonceca Lira natural do Taipu, e de Thereza Maria de Jezus da freguezia de de Nossa Senhora dos Prazeres de Goyaninha, neto por parte paterna de Francisco Lopez e de Bernarda Bezerra, naturais do Taipu, e pela materna de Joam Manoel de Viveiros natural da dita freguesia de Goyaninha, e de Luiza Tavares da Villa de Goyana freguesia de Nossa Senhora do Rozario, nasceu no mês de maio do anno de mil setecentos e setenta e quatro e foi batizado com os santos oleos de licença minha na Capella do Jundiahi pelo Padre Joam Tavares da Fonceca aos vinte e cinco de Junho do dito anno; foram padrinhos [?] Duarte e Felipa filha do dito; do que mandei lançar esse assento em que me assinei. Pantaleão da Costa de Araujo, Vigario do Rio Grande

segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

Emenda do vereador Valdomiro Alves da Rocha


 

Fonte: acervo particular da família do Sr. Valdomiro Alves da Rocha.
 
 
Minuta da emenda no orçamento da Prefeitura Municipal de Taipu, para o exercício de 1963, do vereador Valdomiro Alves da Rocha, datada de 6 de julho de 1962

quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

Justino Sereno e Mariana Júlia

 Mariana Júlia e Justino Sereno - Acervo particular de Maria Amélia de Oliveira

 

JUSTINO SERENO BARBALHO BEZERRA e MARIANA JÚLIA PEREIRA DA COSTA casaram-se catolicamente em Ceará Mirim, aos 6 de fevereiro de 1883, ele filho legítimo de Antônio Barbalho Bezerra Júnior e de Maria Senhorinha Varela Barca, ela filha legítima de Luiz Pereira da Costa e de Joaquina Pereira da Costa. Justino Sereno e Mariana Júlia estabeleceram domicílio no lugar Duas Passagens, numa localidade conhecida por Urtiga, em Taipu, e foram os pais de:

Antônio Barbalho Bezerra;

Alípio Barbalho Bezerra;

Elias Barbalho Bezerra;

Elviro Barbalho Bezerra;

Epifânio Barbalho Bezerra;

João Carlos Barbalho Bezerra;

João Nepomuceno Barbalho Bezerra;

Justino Barbalho Bezerra.

Lucas Barbalho Bezerra;

Luiz Porfírio Barbalho Bezerra;

Maria Barbalho Bezerra;

Maria das Dores Barbalho Bezerra;

Maria Paulina Barbalho Bezerra.

Justino Sereno era neto, pelo lado materno, de Francisco Varela Barca e de Senhorinha Lins Caldas. Francisco Varela Barca foi morto em um confronto político com a força oficial, conforme relatou, em seu discurso pronunciado na abertura da segunda sessão da terceira legislatura da Assembleia Legislativa Provincial, do Rio Grande do Norte, do dia 7 de setembro de 1841, o vice-presidente da Província, coronel Estevão José Barboza de Moura:

 

dia 13 de dezembro de 1840, se apresentou pelas nove horas da manhã no campo fronteiro à Matriz na qual tinha de celebrar-se o ato de eleição, um concurso de setenta pessoas, mais ou menos, armadas e capitaneadas pelo tenente da extinta segunda linha, José Varella Barca, e por seu irmão Francisco Varella Barca. Por aquela mesma hora teve de seguir para o lugar destinado o destacamento do Corpo Policial, que ali existe, e havia sido requerido pela autoridade competente para guardar e manter o sossego, na forma da lei; e quando passava este em pequena distância do grupo recebeu tiros de mosquetaria; à vista do que o seu digno comandante, o tenente de Polícia José Antônio de Souza Caldas, mandou fazer também fogo contra o inimigo, que então reconheceu, repelindo assim a força, que o guerreava; de cuja luta, que durou por espaço de três quartos de hora, resultou morrer imediatamente o segundo chefe Francisco Varella, e ficar gravemente ferido em uma perna o primeiro José Varella; serem baleados um sargento, e um guarda de Polícia, ambos gravemente, uma mulher que chegava à sua porta na ocasião do fogo, e alguns outros do inimigo, ao número de dez ou doze, os quais todos escaparam, menos o infeliz tenente José Varella, que faleceu de um mês de padecimentos.

 

Já Luiz Pereira da Costa, pai de Mariana Júlia, era português, da cidade de Coimbra, radicou-se no lugar Pedregulho, onde possuía um oratório privado, no interior de Ceará Mirim; faleceu cedo, não viu o casamento dos seus filhos, provavelmente foi sepultado no dito Pedregulho, visto que o lugar, àquela época possuía cemitério; Pedregulho, por volta do início da segunda metade do século XIX, havia se tornado engenho, conforme consta em assentos de casamentos dos livros da paróquia de Nossa Senhora da Conceição, de Ceará Mirim; o lugar, que fica próximo à comunidade de Capela, tornou-se o assentamento São José de Pedregulho.

Justino Sereno Barbalho Bezerra tinha um irmão por nome de Octaviano Barbalho Bezerra, que se casou com Felícia Militana Pereira da Costa, esta, irmã de Mariana Júlia, assim, eram dois irmãos casados com duas irmãs; Octaviano, que era comerciante em Capela, mudou-se para Marizeira, a do norte, vizinha ao Paraguai, em Taipu; do casal Octaviano e Felícia descende os Barbalho, de Taipu.

Justino Sereno e Mariana Júlia eram bisavós, pelo lado materno, deste que hora escreve.

FAMÍLIA RAPOSO DA CÂMARA E AS DESCENDÊNCIAS TAIPUENSES: FERREIRA DE MIRANDA, GADELHA DA COSTA, JUVÊNCIO DA CÂMARA, RODRIGUES DA CÂMARA, RODRIGUES DA SILVEIRA E RODRIGUES MONTEIRO

  FAMÍLIA RAPOSO DA CÂMARA E AS DESCENDÊNCIAS TAIPUENSES: FERREIRA DE MIRANDA, GADELHA DA COSTA, JUVÊNCIO DA CÂMARA, RODRIGUES DA CÂMARA, ...